Efeitos da Magnitude de Consequências Individuais e Culturais sobre a Seleção de Culturantes de Autocontrole Ético

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: SILVA, Bruno Rodrigues da
Orientador(a): TOURINHO, Emmanuel Zagury lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento
Departamento: Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10628
Resumo: Metacontingências dizem respeito à relação contingente entre culturantes (que inclui as contingências comportamentais entrelaçadas e seus produtos agregados) e consequências culturais. Dentre os estudos que têm recentemente dado suporte empírico ao conceito de metacontingências, encontram-se aqueles que investigam a concorrência entre contingências individuais e culturais sob a noção de autocontrole ético. Estudos anteriores avaliaram o efeito do aumento da magnitude da consequência cultural ou da consequência individual separadamente sobre a seleção cultural em situações de concorrência. No entanto, nenhum estudo manipulou a magnitude das consequências individuais e culturais conjuntamente. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da manipulação simultânea da magnitude das consequências individuais e culturais sobre a seleção de culturantes e respostas individuais dos participantes em duas microculturas. Para tanto, foi utilizada uma tarefa envolvendo uma matriz colorida de 10 linhas (numeradas de 1 a 10) e 10 colunas (identificadas com letras de “A” a “J”). A coleta foi realizada com 2 grupos (microculturas) de 3 estudantes universitários. Durante a coleta com cada microcultura, cada participante na sua vez escolheu uma linha da matriz e recebeu o feedback do experimentador por sua escolha. Escolhas em linhas ímpares (impulsivas) produziam consequências de maior magnitude para o indivíduo enquanto escolhas em linhas pares (autocontroladas) produziam consequências individuais de menor magnitude, que, no entanto, estavam correlacionadas com a possibilidade de produção de consequências culturais, quando os 3 participantes escolhiam linhas de cores diferentes. Durante o experimento as consequências variaram de modo que enquanto a magnitude da consequência individual impulsiva aumentava, a magnitude da consequência cultural diminuía e vice-versa. Os resultados indicaram pouca influência da variação da magnitude das consequências programada no experimento sobre a aquisição e manutenção dos culturantes e sobre a alteração do padrão de escolhas dos participantes em favor da seleção cultural ou operante. Novos estudos, com mudanças no procedimento poderiam avaliar melhor a influência da magnitude das consequências sobre o comportamento dos indivíduos em grupo.