Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
SOUZA, Cleide Lima de
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Orientador(a): |
CAÑETE, Voyner Ravena
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ecologia Aquática e Pesca
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Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/8912
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Resumo: |
Tem como lócus o lago artificial da Usina Hidrelétrica de Tucuruí/PA. Como problema central, investiga a memória sobre as práticas de acesso e uso dos recursos pesqueiros, procurando responder às seguintes questões: O conhecimento sobre o ecossistema anterior à construção do reservatório, permite o enfrentamento das populações locais, no caso os pescadores artesanais ao ambiente fortemente modificado? Em que medida conhecimentos relativos aos recursos aquáticos se aliam a novos, gerando diferentes estratégias de acesso e uso dos recursos pesqueiros? Quais mudanças socioambientais interferem na memória coletiva? Objetiva identificar e analisar a memória coletiva, considerando as mudanças no ambiente natural, decorrentes dos fortes impactos gerados pela UHE Tucuruí/PA, bem como a dinâmica entre atores (nativos) antigos e novos (imigrantes) e possíveis cenários de conflitos instalados envolvendo a atividade da pesca artesanal. Os procedimentos metodológicos se dão, a partir da escolha de três dos principais portos de desembarque pesqueiro (Santa Rosa, Polo Pesqueiro e Onze), utilizando técnicas quanti-qualitativas com aplicação de 80 questionários e 50 entrevistas semiestruturadas somados ao levantamento documental e bibliográfico de informações anterior à criação do lago, assim como o referencial teórico que discorre sobre sociedade e natureza, memória coletiva e pesca artesanal. Os resultados evidenciam a dimensão dos impactos socioambientais causados, marcados pelo uso da memória coletiva que permite a lembrança do ambiente anterior (rio Tocantins) gestada pela natureza, no processo de enfrentamento ao novo ambiente (lago artificial) que permite a atividade da pesca artesanal em outro território, agora (re)construído pelos sujeitos com uso da memória coletiva. Conclui-se que as formas de vida desses pescadores frente às mudanças que envolve a transformação de um rio para lago, imprime uma ruptura no saber e na relação com a natureza. A memória coletiva representa uma fundamental ferramenta de continuidade, embora com incertezas, à medida que vincula passado e presente na reconstrução de um novo território da pesca. |