Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
PINTO, Sônia Claudia Almeida
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Orientador(a): |
BICHARA, Cléa Nazaré Carneiro
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Doenças Tropicais
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Departamento: |
Núcleo de Medicina Tropical
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9080
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Resumo: |
A esquistossomose mansônica (EM) é uma doença parasitária endêmica que ocorre em pelo menos 74 países com adoecimento de 25 milhões de pessoas, inclusive do Brasil. Está relacionada a fatores socioeconômicos e ambientais, com ênfase aos movimentos migratórios que contribuem para a expansão do agravo. No norte do Brasil somente o Estado do Pará tem foco deste agravo, sendo o principal no município de Belém. O crescimento urbano desordenado através da ocupação de áreas periféricas da região metropolitana de Belém tem gerado importantes impactos sociais e ambientais, atingindo áreas de preservação ambiental. Sob uma perspectiva ecossistêmica, o estudo avaliou a possibilidade de expansão da EM na área insular de um dos distritos administrativos de Belém, o de Mosqueiro (DAMOS), onde realizou-se a caracterização ambiental, inquérito malacológico, coproscópico e populacional, Foram utilizadas técnicas de georreferenciamento para análise espacial da área de estudo, aplicação de questionário de entrevista em domicílio e coleta de material para exame parasitológico. A abordagem adotada para determinação do calculo amostral teve como base o território de cobertura da estratégia saúde da familia da Secretaria Municipal de Saúde de Belém. Dessa forma, realizou-se o zoneamento da área de estudo, onde foram identificados criadouros de Biomphalaria s.p. Adotou-se um buffer de raio de 50m (norte, sul, leste, oeste), a partir de cada criadouro. Dentro desse raio de abrangência, com o auxílio da técnica de GPS, definiu-se uma amostra de 491 residências com estimativa de 5,31 moradores por cada domicílio, com a exclusão dos domicílios fechados ou abandonados, obteve-se a amostra de 283 domicílios para visitação com 421 participantes. Foi necessário criar o índice de vulnerabilidade a esquistossomose (IVE) para obter melhores informações quanto a interpretação dos dados obtidos. Os resultados mostraram que o DAMOS apresenta todas as características ambientais e populacionais das diversas áreas endêmicas do Brasil; o inquérito malacológico identificou 30 criadouros do planorbídeo; presença da espécie B. straminea não infectado pelo Schistosoma mansoni; baixissima cobertura de rede de esgoto, água e aumento do processo migratório em áreas de ocupação desordenada com populações oriundas de áreas endêmicas para EM. A maioria dos participantes do estudo residem em áreas consideradas de média vulnerabilidade, contudo 16% esta em áreas de alta vulnerabilidade; a área de Carananduba foi considerada a de mais alta vulnerabilidade e com maior potencial de risco para entrada da EM no distrito de Mosqueiro. A análise espacial da vulnerabilidade a esquistossomose na área de estudo, permitiu não somente respaldar a hipótese da endemização da EM no DAMOS, mas demonstrar onde pode ocorrer o primeiro foco, quais, e onde estão os maiores fatores de risco. Este estudo pode contribuir nos processos de gestão em saúde pública com a implantação de medidas preventivas de educação em saúde, vigilância epidemiológica e ambiental. |