Padrões de diversidade e suas implicações para a conservação de Odonata (Insecta) em igarapés amazônicos
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
Museu Paraense Emílio Goeldi |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Zoologia
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Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10168 |
Resumo: | Conhecer os padrões de distribuição de espécies ao longo da paisagem e entender os mecanismos que os geram são perguntas extremamente relevantes, para que possamos avançar no conhecimento ecológico das comunidades biológicas. Essas questões supracitadas são essenciais para o gerenciamento e tomada de decisão sobre a conservação da biodiversidade, das condições ambientais e dos recursos ecossistêmicos. Nesta tese, utilizamos as comunidades de Zygoptera (Insecta: Odonata) de igarapés da Amazônia brasileira para investigarmos seus padrões de diversidade alfa (Capítulo 1), diversidade beta (Capítulo 2), elementos que estruturavam suas metacomunidades (Capítulos 3) e para uma análise de priorização espacial para conservação da ordem estudada na Amazônia (Capítulo 4). Utilizamos preditoras ambientais, biogeográficas e espaciais para investigar os mecanismos estruturantes para a distribuição das comunidades alvos da tese. Analisando a diversidade alfa (Capítulo 1) as hipóteses de heterogeneidade ambiental (clima) e produtividade primária foram mais importantes para os padrões de riqueza de espécies de Zygoptera. Considerando a diversidade beta (Capítulo 2), o turnover foi o componente mais importante para a mudança na composição de espécies ao longo da paisagem, conjuntamente com a distância espacial entre os sítios e a região biogeográfica (áreas de endemismo) foram as preditoras mais importantes para os padrões de diversidade beta de Zygoptera. Analisando os padrões de metacomunidades (Capítulo 3) verificamos que em comunidades de igarapés ambientalmente preservadas o padrão é Clementsiano, mas em comunidades de igarapés ambientalmente alterados o padrão é alterado para aninhamento de comunidades, onde estes igarapés representariam subconjuntos dos locais mais preservados. No quarto capítulo evidenciamos que a distribuição espacial das unidades de conservação da Amazônia não as torna eficiente para conservar o habitat de grandes porções de diversidade beta de Odonata. Uma vez que as áreas prioritárias estão localizadas principalmente na região sul da Amazônia e a maior parte destas áreas já está desmatada, pois estão inseridas dentro do arco do desmatamento, em seguida, considerando apenas áreas florestadas, as áreas prioritárias deslocam-se para a faixa mais central da Amazônia. Apartir daí sugerimos a criação de 2 novas unidades de conservação ou incentivos para atividades de baixo impacto nas regiões mais centrais, prioritárias e ainda florestadas, bem como, o incentivo para a restauração das áreas prioritárias já desmatadas. Uma possibilidade para isso, seria a implementação de programas que pagam por serviços ecossistêmicos, como créditos de carbono provenientes de reflorestamento, e/ou o desenvolvimento de atividades com menor impacto sobre a biodiversidade, como agrosilvicultura. Contribui consideravelmente para diminuir as lacunas wallaceanas e hutchisonianas de Zygoptera na Amazônia brasileira. |