Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
TEIXEIRA JÚNIOR, Tiese Rodriguês
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Orientador(a): |
MONTEIRO, Maurílio de Abreu
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido
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Departamento: |
Núcleo de Altos Estudos Amazônicos
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/12050
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Resumo: |
Reconhecendo que a agricultura familiar tem estatuto e dinâmicas conceituais próprias e tendo por base o tratamento de dados dos Censos Agropecuários de 1995-1996 e 2006 e do Cadastro Ambiental Rural de 2016, a tese demonstra que, entre 1985 e 2016,no agrário da região de Marabá houve relativa estabilidade tanto na concentração fundiária quanto na dimensão da agricultura familiar; e que a principal mudança foi a de que a produção da pecuária vinculada diretamente à agricultura familiar, saltou de 18% para 24,39% do valor regionalmente produzido; o valor bruto da produção da pecuária que representava 37% do valor total da produção da agricultura familiar atingiu 67% do valor deste segmento; o percentual do número de estabelecimentos da agricultura familiar que desenvolvia pecuária passou de 31% para 83%; e a área nos estabelecimentos da agricultura familiar destinada à pecuária, mais que duplicou, deslocou-se de 41% para 87% da área nos estabelecimentos da agricultura familiar da região. A realização de pesquisa de campo, norteada por leituras das redes de laços sociossimbólicos, indica que estas manifestações objetivadas do processo de pecuarização da agricultura familiar na região não resulta nem de ações dos agricultores familiares baseadas em um cálculo das chances e dos ganhos, nem ações com posição explícita de finalidades, nem cálculo racional de meios, a pecuarização no seio da agricultura familiar resulta, sim, de práticas tomadas como inconscientes refletindo produtos do habitus ajustado a um conjunto marcado por um jogo social no qual estes agentes sociais têm respondido com ações práticas voltadas a garantir o sustento cotidiano da família; à redução da penosidade e intensidade do trabalho; à interação com condições físicas herdadas; ao acesso ao crédito bancário; a obter poder de compra e de barganha; e a facilitar a integração mercantil. |