Implicações do perfil citocínico TH22 nas formas polares da hanseníase

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: SILVEIRA, Edvaldo Lima lattes
Orientador(a): QUARESMA, Juarez Antônio Simões lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Doenças Tropicais
Departamento: Núcleo de Medicina Tropical
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9084
Resumo: INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença crônica granulomatosa causada pelo Mycobacterium leprae. Entre os aspectos imunopatológicos da hanseníase sabe-se a defesa é efetuada pela resposta imunológica celular, capaz de fagocitar e destruir os bacilos, mediada por citocinas e mediadores da oxidação. O conceito de longa data de uma dicotomia Th1-Th2 na hanseníase, com Th1 predominante tuberculóide e Th2 predominante hanseníase virchowiana, recentemente foi contestada. Além disso, a resposta Th22 foi identificada como moduladora de Th1-Th2 em doenças de pele inflamatórias, mas os seus papéis na hanseníase ainda não foram elucidados. OBJETIVO: Avaliar a expressão tecidual de citocinas que participam da resposta Th22 nas formas polares da hanseníase. MÉTODO: Foram pesquisados pacientes com diagnóstico dermatoimunológico de hanseníase. Foram selecionados 31 pacientes, sendo 16 com a forma tuberculóide (TT) e 15 com a virchowviana (VV). A imunoistoquímica para a imunomarcação do tecido com os anticorpos Anti-IL-13, IL-22, TNF-α e FGF-b, foi baseada no método envolvendo a formação do complexo biotina-estreptavidina peroxidase. A quantificação da imunomarcação foi feita a partir da seleção aleatória de 05 campos visualizados no microscópio em aumento de 400x. Na análise univariada, foram obtidas frequências, medidas de tendência central e de dispersão e para a investigação das hipóteses foram aplicados os testes de Mann-Whitney e a correlação de Pearson, considerando um nível de significância de 5% (p ≤ 0,05). RESULTADOS: Referente à imunomarcação para a IL-22 pode-se observar diferença estatística dentre os grupos estudados sendo que no polo VV a média encontrada foi de 241,3 ± 44,63 cells/mm2 enquanto que na forma TT a média foi de 90,39 ± 30,18 cells/mm2 com p<0,0001. Envolvendo a presença da IL-13, no polo VV a média de ocorrência foi de 85,76 ± 19,99 cells/mm2. Já no polo TT a média encontrada foi de 57,20 ± 14,73 cells/mm2 p = 0,0002. Em relação à imunoexpressão do FGF b, na forma VV, a média de ocorrência foi de 228,9 ± 45,13 cells/mm2 enquanto que na forma TT a média foi de 47,80 ± 14,29 cells/mm2 p < 0,0001. Para o TNF-α, a análise quantitativa mostrou-se estatisticamente significante na forma TT onde a média das células expressando a citocina foi de 99,74 ± 30,14 cells/mm2 quando comparada a forma VV 62,08 ± 13,67 cells/mm2 p = 0,0008. CONCLUSÃO: A resposta Th22, mediada pela IL-22, tem fundamental importância na patogênese da hanseníase, se relacionando diretamente com a forma clínica da doença e com outras citocinas.