Avaliação do risco cardiovascular em pacientes com lipodistrofia secundária a terapia antirretroviral: critérios de framingham, índice tornozelo-braço e medida da espessura da camada medio-intimal da carótida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: KOURY JUNIOR, Adib lattes
Orientador(a): LIBONATI, Rosana Maria Feio lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Doenças Tropicais
Departamento: Núcleo de Medicina Tropical
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9174
Resumo: O uso da terapia antirretroviral reduziu significativamente a mortalidade e a morbidade nos pacientes infectados pelo HIV. Entretanto, este tratamento pode causar alterações metabólicas como dislipidemia, intolerância à glicose, resistência insulínica e lipodistrofia. As consequências clínicas e laboratoriais que acompanham estas alterações podem aumentar o risco para desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Este estudo teve o intuito de investigar os aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais dos pacientes com lipodistrofia associados ao aumento do risco cardiovascular com ênfase à medida da camada média-intimal e índice tronozelobraço. Para tanto foi conduzido um estudo Transversal analítico com 62 paciente com lipodistrofia em uso de Terapia antirretroviral ativa (TARV) com idades variando de 29 a 68 anos acompanhados no ambulatório de lipodistrofia do Hospital Universitário João de Barros Barreto. Os pacientes foram submetidos a anamnese com exame clínico, coleta de sangue para exames laboratoriais com dosagem de glicemia, colesterol total e suas frações, triglicerídeos e PCR ultra-sensível, medida do índice de pressão tornozelo-braço (ITB) e medida da espessura da camada médio-intimal da carótida (CMI) através de ultra-sonografia modo B. Os pacientes foram classificados quanto ao risco cardiovascular através dos critérios do escore de Framingham. As variáveis foram analisadas pelo estudo de medidas de tendência central e as hipóteses foram avaliadas pelos testes qui-quadrado e e/ou exato de Fisher. A prevalência de alteração do ITB na amostra estudada foi de 21% e os pacientes com aumento da CMI foi de 48,4%. De acordo com o escore de Framingham, 53,2% dos pacientes apresentaram risco baixo para evento cardiovascular em 10 anos, 16,1% risco moderado e 30,7% risco alto. Paciente com aumento da CMI apresentaram maior risco cardiovascular através do escore de Framingham O sexo masculino, idade, aumento da circunferência abdominal apresentaram uma associação significante com o aumento da espessura da camada médio-intimal da carótida.