Os Koutakusseis e os ideais do expansionismo japonês na Amazônia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: MUTO, Reiko lattes
Orientador(a): ARAGÓN VACA, Luis Eduardo lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido
Departamento: Núcleo de Altos Estudos Amazônicos
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11143
Resumo: Esta tese tem por objetivo geral analisar o processo migratório dos koutakusseis e sua relação com a política expansionista japonesa, assim como o perfil demográfico e socioeconômico do grupo koutaku que permaneceu na Amazônia brasileira e a contribuição socioeconômica e cultural desses imigrantes e de seus descendentes. Trata-se da história demográfica de um grupo de imigrantes japoneses, de mais de 500 pessoas, que se estabeleceu no município de Parintins, estado do Amazonas, na década de 1930. O estudo de caso visa dar uma explicação das motivações que engendraram a vinda desse grupo para a Amazônia e a ligação causal da intervenção política na vida desses imigrantes, que viveram um período cambiante e turbulento da geopolítica nacional e global marcado pela xenofobia e racismo institucional, bem como as razões pelas quais eles não conseguiram se estabelecer como colônia agrícola no estado do Amazonas, a exemplo do que aconteceu com a colônia de Tomé-Açu, no Pará. Adotou-se o método indutivo nas interpretações teóricas e empíricas do fato investigado, tendo como instrumental teórico-metodológico a abordagem interdisciplinar. Conclui-se que o idealismo de colonização conduzido pelo político Tsukasa Uyetsuka, o sonho da cultura da juta de Kotaro Tuji e a saga das famílias koutaku estão relacionados ao momento histórico de transição do Japão feudal para o expansionismo territorial e econômico. No entanto, a mobilidade desses imigrantes para a Amazônia nada tem a ver com o expansionismo militar japonês que aconteceu na Manchúria, China. Pode ser considerado um expansionismo comercial, pois se tratava de um empreendimento de colonização agrícola, em vista da concessão de terras devolutas oferecidas espontaneamente pelo governo amazonense, que procurava alternativas para superar o marasmo econômico após a crise da borracha.