Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
SOUSA, Alcione Santos de
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Orientador(a): |
CORÔA, Pedro Paulo da Costa
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
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Departamento: |
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/13742
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Resumo: |
A finalidade da nossa pesquisa é analisar a combinação dos elementos da estética e os elementos que são próprios da moral ou da política, tal como isso é feito por Friedrich Schiller em suas Cartas sobre estética, traduzidas no Brasil, em uma versão mais recente como: A Educação estética do homem numa série de cartas. Para realizar nossa intenção, faremos, inicialmente, uma exposição tentando mostrar como podemos reconhecer na tradição filosófica a preocupação com esse tipo de temática, o que nos faz remontar aos gregos. Desse modo, é com os tragediógrafos que reconhecemos a associação da tragédia com a polis, em um horizonte que vincula a arte e a política como fundadoras da formação moral do homem grego, propiciando mais tarde, nas Cartas de Schiller, o debate sobre a condição de nosso conhecimento no âmbito da estética e da moral. Como podemos ver, ao analisarmos a questão da compatibilidade ou complementariedade entre os domínios da arte e da moral (política), sob a ótica do autor das Cartas ao propor que a reciprocidade entre os dois impulsos - o sensível e o racional, unificase no homem. Notamos que esta possibilidade é o que faz Schiller propor a primazia da educação estética para uma formação moral com vista à política mais natural, ou sem saltos, da humanidade. Segundo Schiller, cabe a cultura estética promover o enobrecimento do caráter, já que as tentativas da razão, isoladamente, não apresentam resultados tão satisfatórios para o homem moderno. O que ocasiona a formação do Estado estético, por meio da qual podemos encontrar a ideia de humanidade perfeita - como outrora já esteve presente entre os gregos. De tal modo, o homem educado, esteticamente, consegue vencer a condição de sua natureza, pela exigência da razão, mas, sem perdê-la completamente de vista, pois essa apenas cede lugar à lei moral, como uma espécie de jogo entre esses dois domínios. A beleza como liberdade no fenômeno, é o que sustenta e dá prova que a moral é símbolo do bem – conforme à natureza – liberdade. É nesse sentido que as Cartas de Schiller são fundadas na ideia de que a beleza busca promover o acordo entre razão e sensível, unificadas no homem, e faz deste um ser completo, como sua natureza mista. Assim, Schiller estabelece uma educação moral do homem iniciada pela liberdade da arte servindo, assim, à finalidade política. |