Estratificação de risco de fragilidade, incapacidade e avaliação de distúrbios de sono na pessoa idosa residente da comunidade: estudo transversal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: RIBEIRO, Breno Caldas lattes
Outros Autores: https://orcid.org/0000-0002-6355-8605
Orientador(a): NEVES, Laura Maria Tomazi lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano
Departamento: Instituto de Ciências da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/16189
Resumo: Introdução: A fragilidade é considerada um estado de vulnerabilidade a estressores de saúde, tornando pessoas idosas predispostas a incapacidade, hospitalização e mortalidade. Recentemente estudos apontam o aumento da prevalência do risco de fragilidade em pessoas idosas com distúrbios do sono. Considerando que a fragilidade apresenta um estado dinâmico com potencial de reversão, é primordial o rastreio de possíveis fatores modificáveis para prevenção, atenuação ou interrupção do processo de fragilidade. Sendo assim, se faz necessária a estratificação da fragilidade e investigação da possível relação entre qualidade do sono, sonolência diurna excessiva e risco de distúrbios do sono em pessoas idosas. Objetivo: Estratificar o risco de fragilidade e incapacidade e pesquisar possíveis associações com qualidade do sono, sonolência diurna excessiva e risco de Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) em pessoas idosas residentes em comunidade. Métodos: Trata-se de um estudo do tipo transversal de caráter quantitativo que seguiu as recomendações do The Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE) e que ocorreu entre abril de 2022 e agosto de 2023. O estudo consistiu em estratificar o risco de fragilidade e incapacidade por meio do questionário The Frail Non-disable (FiND) (incapacidade) e FRAIL Scale (fragilidade), e a avaliação de risco de apneia obstrutiva do sono, qualidade de sono e sonolência diurna excessiva em pessoas idosas residentes da comunidade, por meio do questionário STOPBANG (Snoring, Tiredness, Observed apnea, high blood Pressure, Body mass index, Age, Neck circumference, and Gender), Escala de Qualidade Sono de Pittsburgh (PSQI) e Escala de Sonolência Diurna de Epworth (ESE), respectivamente. Foi utilizado o teste KolmogorovSmirnov para normalidade dos dados. Para comparações categóricas binomais foi o utilizado o Teste Binomial e para comparações múltiplas o Teste de Proporções. Para avaliação de correlação foi utilizado o Teste de Correlação de Spearman. Resultados: Foram avaliadas 109 pessoas idosas (61% do gênero feminino, p = 0,02), com mediana de idade de 68 anos, procedentes da capital (86%), autodeclarados pardos (68%) e em estado de pré-obesidade (36%). De acordo com o FiND, 26% dos participantes foram considerados frágeis e 32% foram considerados incapazes. Já de acordo com a Escala FRAIL, 33% eram pré-frágeis e 25% frágeis. Além disso, a maioria dos pacientes apresentou má qualidade do sono (80%, p = 0,010), risco moderado de apneia obstrutiva do sono (49%, p < 0,010) e ausência de sonolência diurna excessiva (62%, p < 0,010). Houve fraca relação entre fragilidade e incapacidade com má qualidade do sono (rho = 0,39; p < 0,001) e risco de apneia obstrutiva do sono (rho = 0,26; p = 0,000). Não foi observada relação entre fragilidade e incapacidade e sonolência diurna excessiva (rho = 0,04; p = 0,660). Na análise de correlação com fragilidade, também foi 6 observada relação fraca com a qualidade do sono (rho = 0,33; p < 0,001) e o risco de apneia obstrutiva do sono (rho = 0,27; p = 0,001) também foi observada na análise de correlação com fragilidade, mas não foi encontrada relação com sonolência diurna excessiva (rho = 0,05; p = 0,590). Conclusão: Este estudo mostrou uma fraca relação entre o risco de fragilidade e incapacidade com a qualidade do sono e o risco de apneia obstrutiva, mas não foi observada relação com a sonolência diurna excessiva.