Raspadeiras de mandioca: a mulher na produção da farinha de mandioca, na Vila de São Jorge / Igarapé-Açú / PA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: RABELO, Simone Conceição de Moura lattes
Orientador(a): FERNANDES, José Guilherme dos Santos lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Estudos Antrópicos na Amazônia
Departamento: Campus Universitário de Castanhal
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/15119
Resumo: O presente trabalho resulta da investigação sobre mulheres na produção tradicional da farinha, com ênfase na raspagem da mandioca, atividade efetivada prioritariamente por pessoas do sexo feminino. A singularidade do papel destas mulheres que vivenciam essa experiencia despertou o interesse por investigar essa temática. Estudo de abordagem qualitativa (MINAYO, 2001), norteado pela pesquisa de campo (LAKATOS; MARCONI, 2003). Investigação mobilizada pelo seguinte questionamento: Qual a importância e a relevância do papel das mulheres raspadeiras de mandioca no exercício de seus fazeres e saberes? Temos como objetivo geral: investigar o trabalho das mulheres raspadeiras de mandioca na Vila de São Jorge, Igarapé-Açu – Pará, identificando o perfil das mesmas; as condições de trabalho; as implicações e inferências do trabalho dessas sujeitas na comunidade. Dialogamos com conceitos e autores como: Decolonialidade (MIGNOLO, 2017), Mulher (BEAUVOIR, 1967), Antropia (FERNANDES; RAMOS, 2020). Temos como lócus a Vila de São Jorge, município de Igarapé-Açú, Nordeste Paraense. A produção dos dados foi realizada via os respectivos instrumentos: entrevistas semiestruturadas pautada nas histórias de vida; caderno de campo, visitas aos espaços de produção e registros imagéticos. Foram entrevistadas 6 (seis) mulheres, na faixa etária entre 21 a 60 anos, com base nos seguintes critérios: ser mulher raspadeira de mandioca, ter essa atividade como principal fonte de renda. O resultado da investigação aponta para ampliação do debate acadêmico sobre saberes e fazeres tradicionais, elucidando as relações estabelecidas no espaço de produção, o protagonismo, a resistência de mulheres em seu oficio. A necessidade urgente de políticas públicas voltadas a esse público feminino, em especial as raspadeiras de mandioca.