Amazônia ameaçada: análise do discurso jornalístico nos portais de notícias O Liberal.com – PA e A Crítica – AM sobre desmatamento e queimadas no contexto da pandemia da COVID-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: MANGAS, Laiza Monik de Oliveira lattes
Outros Autores: https://orcid.org/0000-0002-1827-3133
Orientador(a): COSTA, Luciana Miranda lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia
Departamento: Instituto de Letras e Comunicação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/15578
Resumo: O ano de 2020 foi marcado pelo início da pandemia da COVID-19 e pelo aumento do desmatamento e das queimadas na Amazônia Legal Brasileira. Dados do Inpe (2020) registraram 10.312, 88 km² de desmatamento consolidado na região, além de 103.161 focos de queimadas durante o ano. Os meses de agosto e setembro foram os que apresentaram maior índice de queimadas e os estados do Pará, Mato Grosso e Amazonas responderam por 70% do desmatamento. Enquanto isso, “a boiada passava” com a aprovação de 593 atos pelo governo federal relacionados às mudanças de regras sobre a proteção ambiental no Brasil (OBSERVATÓRIO DO CLIMA, 2021). Em meio à crise sanitária, política e ambiental, o jornalismo desempenhou um papel importante no fornecimento de informação à população (CASERO-RIPOLLÉS, 2020). Nesse contexto, esta pesquisa analisa como foi a cobertura sobre desmatamento e queimadas em dois dos principais portais de notícias da região Norte do país: O Liberal.com – PA e A Crítica – AM, durante o mês de setembro de 2020, considerando o período pandêmico e suas adversidades. O principal referencial teórico-metodológico escolhido foi a Análise Crítica do Discurso - ACD (FAIRCLOUGH, 2001). A partir da análise realizada nos jornais pode-se concluir que o governo Jair Bolsonaro, em meio à pandemia da COVID- 19, conseguiu ocupar um espaço privilegiado nas publicações, com um discurso voltado a amenizar os problemas na Amazônia e largamente reproduzido pelos dois jornais sem contrapontos expressivos. Foram utilizadas justificativas que atribuíam os desmatamentos e queimadas ao próprio clima na Amazônia e às atividades agrícolas realizadas tradicionalmente por comunidades rurais, indígenas e quilombolas. Além disso, colocou-se em dúvida a credibilidade de dados científicos sobre o tema divulgados por instituições como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE.