Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
RODRIGUES, Silvia Maués Santos
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Orientador(a): |
PONTES, Fernando Augusto Ramos
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento
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Departamento: |
Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10567
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Resumo: |
A partir de dados coletados em população de adolescentes de quatro capitais brasileiras (Belém, Brasília, Fortaleza e Porto Alegre), testar a validade de modelo teórico que investiga as relações entre as variáveis envolvidas nos constructos dos padrões de identificação familiar obtidas com o Teste de Identificação da Família (FIT) e àquelas de qualidade de vida relacionada à saúde obtidas com o questionário genérico KIDSCREEN-27, por meio da aplicação da modelagem de equações estruturais (SEM). 1.082 adolescentes selecionados, constituiram três grupos: um dos que frequentavam serviços de atenção em saúde mental ambulatorial (GC), um de estudantes do setor público (GP) e um de estudantes do setor privado (GPr). Os três grupos foram investigados com o KIDSCREEN-27, em cinco dimensões de sua qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) e com o FIT (Teste de Identificação da Familia), em seus padrões de identificações familiares. Os instrumentos foram analisados em suas propriedades psicométricas, obtiveram-se escores de QVRS, de autoconceitos e de identificações familiares que permitiram comparar os três grupos com estatísticas descritivas e inferenciais (MANOVA, MANCOVA e Análise Discriminate); e em uma segunda etapa, foram analisadas as repercussões dos padrões de identificação na QVRS por meio da Modelagem de Equações Estruturais. A média de idades dos adolescentes na amostra geral foi de 15.30 (SD = 1.60) anos, sendo 54,1% do sexo feminino; foram encontrados escores mais baixos de QVRS em adolescentes com doença mental em quatro de cinco dimensões, com um tamanho de efeito variando de 0,25 para bem-estar físico a 0,46 para a Autonomia & Pais. Na análise do FIT, foi obtido um efeito estatisticamente significativo com MANOVA seguido por uma série de ANOVAs que indicou diferenças nos padrões de identificação da família. Os adolescentes GPr apresentaram médias mais elevadas do que adolescentes de GP em auto-congruência, identificações real e ideal com o pai e identificação ideal com avós; e também mostrou diferenças com o GC na identificação real e ideal com o pai. Os resultados diferenciaram adolescentes oriundos de contextos diferentes. Na última etapa de análise, foi realizado estudo da estrutura fatorial do KIDSCREEN-27 e do FIT e, a seguir, foi realizado um Modelo Multivariado de Regressão Linear e foi observado que o autoconceito real prevê a qualidade de vida em suas cinco dimensões; a imagem percebida da mãe, do pai e do avô/avó prevê a qualidade de vida principalmente na dimensão da qualidade de vida relacionada a Autonomia & Relação com os Pais. O estudo fornece informações pertinentes e valiosas sobre a mensuração de QVRS e Padrões de Identificações em grupos de adolescentes brasileiros de diferentes origens. A constatação de que adolescentes oriundos de escolas públicas e grupo clínico mostrarem um desejo menor para se parecerem como seus pais pode apontar para uma menor coesão familiar ou sentimentos mais pronunciados de rejeição com figura paterna. Além disso, aspectos destacados pela percepção de autoconceitos e conceitos de outros podem ser preditores de escores maiores de qualidade de vida relacionada à saúde. Ambos os instrumentos constituem, portanto, ferramentas úteis na avaliação da saúde mental e bem-estar de adolescentes. |