As aves do estado do Maranhão: atualização do conhecimento e conservação em uma região de ecótono entre a floresta Amazônica e Cerrado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: CARVALHO, Dorinny Lisboa de lattes
Orientador(a): SANTOS, Marcos Pérsio Dantas lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
eng
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Museu Paraense Emílio Goeldi
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Zoologia
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11186
Resumo: O estado do Maranhão localiza-se entre o leste da Amazônia e o norte do Cerrado, apresentando uma grande variedade de ambientes em sua área ecotonal. Devido a esta heterogeneidade ambiental, o Maranhão possui uma das mais ricas avifauna do Brasil. Contudo toda esta riqueza também está situada entre as províncias biogeográficas mais ameaçadas do mundo. Com o intuito de contribuir para o conhecimento e conservação da avifauna nesta região, este estudo teve como principais objetivos nos seguintes capítulos: 1) a revisão e atualização da lista de espécies de aves do maranhão, buscando identificar lacunas de amostragem ainda existentes no Estado; 2) testar a efetividade do sistema de Áreas protegidas (APs) e Terras Indígenas (TIs) do Estado na proteção de espécies de aves ameaçadas e endêmicas, utilizando SDMs e; 3) avaliar os potenciais impactos das alterações climáticas na distribuição e conservação de 24 táxons de aves ameaçados que ocorrem no Estado, comparando as distribuições atuais e futuras previstas (2070) com o atual sistema de reservas, buscando identificar áreas potencialmente mais estáveis que podem servir como corredores de dispersão das espécies. No capítulo 1) registramos a ocorrência de espécies de aves, distribuídas em 88 famílias e 30 ordens. Assim, adicionamos 114 espécies novas (95 residentes, 13 migratórias e 6 vagantes) à lista reportada 27 anos para a mesma região. No capítulo 2) observamos que táxons com distribuições mais amplas são potencialmente tão protegidos quanto os táxons com distribuições menores e APs maiores são mais eficientes que APs menores. No entanto, as APs do Cerrado são na sua maioria mal alocadas. Sugerimos seis áreas prioritárias para conservação das aves presentes no Estado e destacamos a importância das TIs na conservação da biodiversidade. No capítulo 3) nossos resultados indicaram que, embora os táxons ameaçados da Amazônia e do Cerrado estejam potencialmente protegidos, em ambos os cenários, presente e futuro, a maioria dos táxons provavelmente apresentará declínios drásticos em suas populações e até mesmo a previsão de extinção global em um futuro próximo. Destacamos a possibilidade de criação de um sistema de corredores de dispersão que interliguem APs nesta região, bem como a implementação de políticas públicas para manutenção e mitigação das áreas adjacentes a esses corredores, visando a conservação da riqueza e diversidade de espécies nessa região.