Mobilização social a partir de um rio urbano da Amazônia: o processo comunicativo do Movimento Tucunduba Pró Lago Verde em Belém-Pará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: RIBEIRO, Mariana Guimarães Campos lattes
Orientador(a): BRITO, Rosaly de Seixas lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia
Departamento: Instituto de Letras e Comunicação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/16101
Resumo: Em Belém do Pará, em um contexto territorial de modernização que nos afasta dos ciclos da Natureza e dos espaços de convivência, a luta pelo direito à cidade vem se intensificando desde os anos 1970. Como um desdobramento mais recente desse processo, em 2021, surge o Movimento Tucunduba Pró Lago Verde, constituído por um grupo de moradores do bairro da Terra Firme, que têm um histórico de luta pelo território. No mesmo ano de seu surgimento, um governo de esquerda ascendeu ao poder em Belém e o movimento vislumbrou uma oportunidade política para impulsionar sua mobilização pela garantia de direitos socioambientais com a criação do Tá Selado, o Fórum Permanente de Participação Cidadã. O objetivo desta pesquisa é compreender como os processos comunicativos de mobilização do Movimento Tucunduba Pró Lago Verde (MTPLV) contribuem no avanço das pautas socioambientais em Belém-PA. A mobilização social é tomada aqui como um fenômeno comunicacional, sendo entendida como um lugar de encontro e diálogo que possibilita a relação de diferentes vivências e visões de mundo, podendo orientar a ação dos sujeitos, ao tensionar e se insurgir contra os poderes hegemônicos no âmbito da cidade. Esta pesquisa foi realizada a partir da metodologia de pesquisa participante (PERUZZO, 2003), com inspirações da etnografia urbana (RODRIGUES, 2006; VELHO, 2003). Ao final, concluiu-se que o MTPLV não só tem sido um dos mais proeminentes atores sociais da ambientalização da pauta de direito à cidade em Belém, como vem reimaginando esse território, na contramão das lógicas dominantes de sua ocupação e expansão.