Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
BARROS, Bruna Suelen Silva
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Orientador(a): |
LEÃO, Ana Cláudia do Amaral
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Artes
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Departamento: |
Instituto de Ciências da Arte
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/16050
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Resumo: |
Dentro da linha de pesquisa teorias e interfaces epistêmicas emartes, do ProgramadePós-Graduação em Arte da UFPA, proponho uma cartografia que percorre partedaexperiência de Vida de Arthur Leandro/Tata Kinamboji. Este é um trabalho afirmativo, quetraz Exu na frente para conduzir caminhos, com a intenção de uma produção de conhecimentona qual apresento uma proposição conceitual e metodológica que defende a poéticadestehomem como uma encruzilhada, abrindo frestas entre a arte, o ativismo político nas Tradiçõesde Matriz Africana e o ensino das artes nas universidades em que lecionou. Defendoaideiada luta pela memória contra o esquecimento sobre quem foi Arthur Leandro/Tata Kinambojicom sua encruzilhada poética, como politização da mesma para marcar umlugardeimportância dessa pessoa para a Cultura e as Artes na cidade de Belém, e até nas Amazônias.Escuto os que conviveram com Arthur e que narram sua forma de fazer arte e políticaeprodução de conhecimento, completamente relacionadas com o movimento da vida dequemcompartilhou a existência com esse ser humano, e, assim, carrego emminha escritasuasvozes, pois acredito na profundidade dessas relações e em toda a potência poéticaquesópodemos alcançar nos encontros. As metodologias e as fundamentações teóricas aqui seancoram na ideia de tradição oral, validando as narrativas vividas como fontes de produçãodeconhecimento. Busco possibilidades abertas de escrita que intercruzema experiênciadevidade Arthur e sua Poética das Encruzilhadas, para dizer o conceito criado por ele deArte-Güera, como atitude de resistência a tudo que apequena e condiciona a vida e aarteemopressões, por isso vou enumerar quatro destes atos no decorrer no texto. Ao mesmotempo,evoco teóricos que já pensaram o genocídio do povo negro como umprojeto, relacionandoaquestão do embranquecimento da cultura brasileira com as necessidades de enfrentamentosesuperações dos apagamentos gerados por esta tentativa, tais como Abdias do Nascimento,Luiz Rufino, Luiz Simas, Zélia Amador de Deus, Muniz Sodré, entre outros – emsuamaioria,pessoas pretas, claro, para fortalecer uma forma antirracista de saber, no que diz respeitoaoprotagonismo da produção de conhecimento por quem vivencia as agruras desse projetonapele. Conecto essa bibliografia ao meu percorrer, meu tráfego pelas práticas poéticasdeArthur Leandro, narradas não apenas por mim, não apenas com meu olhar, mas comtodosque pude encontrar cruzando nossos caminhos. Proponho, além de minha escrita, dois mapaspoéticos, um visual e um de relatos, para abarcar as outras vozes que se cruzamnessescaminhos, dentro do método cartográfico que essa pesquisa se propõe. Aqui há umrecortedeuma vida e é epistemologia sim, pois é produção de saber, é poética e é política de valorizaçãodo patrimônio cultural afro-amazônico. |