Geologia, petrografia e geoquímica do granito anorogênico Bannach, terreno granito-Greenstone de Rio Maria, PA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: ALMEIDA, José de Arimatéia Costa de lattes
Orientador(a): DALL’AGNOL, Roberto lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica
Departamento: Instituto de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11607
Resumo: O Granito Bannach é um batólito alongado na direção SE-NW intrusivo em unidades arqueanas pertencentes ao Terreno Granito-Greenstone de Rio Maria, porção leste do Cráton Amazônico. Ele é constituído por um conjunto de rochas monzograníticas com mineralogia semelhante, apresentando microclina, quartzo e plagioclásio como minerais essenciais; anfibólio, biotita e, mais raramente, clinopiroxênio como varietais; titanita, allanita, apatita e zircão como acessórios primários; clorita, sericita-muscovita, carbonatos ± fluorita como fases secundárias. As características texturais e mineralógicas permitem identificar oito variedades petrográficas: fácies portadoras de anfibólio, biotita e, por vezes, clinopiroxênio de granulação grossa [Granito cumulático (GC), biotita-anfibólio monzogranito grosso (BAMzG), anfibólio-biotita monzogranito grosso (ABMzG)]; fácies portadora de biotita com textura porfirítica [biotita monzogranito porfirítico (BMzP)] e fácies constituídas por leucogranitos [leucomonzogranito grosso (LMzG), médios precoces e tardios (LMzMp e LMzMt) e fino (LMzF)]. A distribuição faciológica do corpo mostra que o maciço é zonado, com as fácies menos evoluídas (GC e BAMzG) ocupando as porções periféricas e as mais evoluídas as partes centrais (LMzMt e LMzG). O Batólito Bannach é subalcalino, metaluminoso a peraluminoso e possui altas razões FeOt/FeOt+MgO (0,86 a 0,97) e K 2 O/Na 2 O (1 a 2). Os padrões dos elementos terras raras revelam um aumento na anomalia negativa de európio da fácies menos evoluída para as mais evoluídas. Nesse mesmo sentido ocorre um discreto enriquecimento em elementos terras raras leves paralelamente ao ligeiro empobrecimento em terras raras pesados. Ele mostra afinidades geoquímicas com os granitos intraplaca (Pearce et al. 1984), com os granitos tipo -A (Whalen et al. 1987), com o tipo ferroso de Frost et al. (2001) e com os granitos do subtipo A2 (Eby 1992). As diferentes fácies do corpo Bannach possuem alta suscetibilidade magnética (SM), sendo os maiores valores relacionados com as fácies menos evoluídas, portadoras de anfibólio + biotita ± clinopiroxênio (GC e BAMzG), e os menores com as fácies leucograníticas (LMzG, LMzMt, LMzMp e LMzF). As diversas fácies do Granito Bannach provavelmente evoluíram por cristalização fracionada, comandada pelo fracionamento de ferromagnesianos e feldspatos. Este fracionamento indica um trend de diferenciação no sentido BAMzG-ABMzG-BMzP-LMzMp-LMzG-LMzF, sendo que o LMzMt representaria uma intrusão separada formada de um líquido muito evoluído e independente daquele formador das demais fácies. A existência de descontinuidade composicional entre a fácies granito cumulático (GC) e os BAMzG, sugere que o líquido formador destes últimos não poderia ter derivado do GC por simples fracionamento dos feldspatos. O GC possui uma evolução magmática particular, envolvendo possivelmente a participação de processos cumuláticos. A idade e posicionamento estratigráfico, juntamente com as características geológicas, petrográficas, geoquímicas e de petrologia magnética, permitem que o Granito Bannach seja enquadrado na Suíte Jamon, uma vez que apresenta notáveis similaridades com os corpos Jamon, Musa e Redenção, que compõem a mesma.