Sistema Xerente de Educação matemática: negociações entre práticas socioculturais e comunidades de prática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: MELO, Elisângela Aparecida Pereira de lattes
Orientador(a): GONÇALVES, Tadeu Oliver lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemáticas
Departamento: Instituto de Educação Matemática e Científica
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9065
Resumo: Ao considerar a complexidade que envolve a formação de professores indígenas e o ensino da Matemática escolar nas escolas indígenas, em especial, no que tange às interconexões das práticas socioculturais com as ações educativas e formativas, investigou-se, neste trabalho, em que sentidos é possível tomar as vivências, oriundas de atividades sociointerativas dos indígenas Xerente, como base mobilizadora de ações na e para a formação indisciplinar de professores que ensinam Matemática em comunidades de prática. A questão que norteou essa pesquisa buscou saber, Em que sentido as atividades sociointerativas vivenciadas pelos indígenas Xerente em comunidades de prática podem mobilizar ações de formação indisciplinar para os professores que ensinam Matemática na escola indígena? Recorremos à pesquisa qualitativa etnográfica, para a recolha das informações, nas aldeias Porteira – Nrõzawi e Salto – Kripre, sobre as práticas socioculturais de pertencimentos dos indígenas Xerente nas metades exogâmicas patrilineares Doi e Wahirê e de pertencimento do gênero masculino nos partidos das toras grandes de buriti pintadas – ĩsitro – Htâmhã e Stêromkwa. As abordagens teóricas assumidas, foram as de comunidades de prática, indisciplina e etnomatemática, por propiciarem uma releitura sobre essas práticas socioculturais, na perspectiva provocar novas ações na e para a formação de professores a partir da negociação dos significados das práticas socioculturais desses indígenas. Os resultados obtidos por meio das análises, apontam que os indígenas Xerente em suas comunidades de práticas socioculturais compartilham do empreendimento conjunto, do engajamento mútuo e do repertório compartilhado, de modo a constituírem-se como uma comunidades de prática. Por isso, a escola indígena Srêmtôwẽ, caminha em suas ações didáticas e pedagógicas para a constituição de comunidades de prática a partir da negociação coletiva das práticas socioculturais que possam contribuir com a criação e recriação de novas aprendizagens matemáticas indisciplinares.