Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
RIVERA, Ramón Bentes Machado
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Orientador(a): |
ALENCAR, Cesário Augusto Pimentel de
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Artes
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Departamento: |
Instituto de Ciências da Arte
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9766
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Resumo: |
O presente memorial corresponde à parte descritiva, tanto quanto a vislumbres, que nortearam opções poéticas do espetáculo O tudo anexo, cujos princípios metodológicos de criação correspondem à investigação de uma simbologia pessoal do ator. Tais princípios, conforme vimos examinando, tendem a habilitar o artista da cena ao alcance de um estado criativo alimentado por uma simbologia compartilhada no inconsciente coletivo. Entre eles está a noção de mitologia criativa, de Joseph Campbell cuja a qual admite uma nova abordagem, esta de cunho criativo, para a mitologia. Outro princípio metodológico, ou transformador, é o da individuação da psicologia analítica junguiana, onde os símbolos advindos do inconsciente têm papel fundamental no amadurecimento da psique do indivíduo. Estruturalmente, o espetáculo acima referido se complementa com memorial escrito e memorial poético, ambos erigindo questões, propondo diagnoses e definindo parâmetros ao emprego da simbologia pessoal do ator na criação cênica. No caso do memorial poético, correspondências imagéticas e escriturais insurgentes no processo criativo são exploradas de forma a contribuir ao entendimento via expressão metafórica de princípios criativos abordados. Quanto ao trajeto do pensamento criativo, este se permite calcado na experiência simbólica, em suas pertinências transformadoras e numinosas, em suas nuances frente ao trabalho do ator e à encenação, tanto quanto as qualidades próprias das suas especificidades, dificuldades e fluxos que deram luz ao processo de composição dramatúrgica, sonora, espacial, enfim, cênica. Dentre os referenciais teóricos podemos destacar Friedrich Nietzsche (1844-1900), no que tange ao entendimento do filósofo alemão sobre e a filosofia do instinto e sua crítica à superestimação do conceito de consciência, o diretor polonês Jerzy Grotowski (1933-1999) e os princípios criativos de seus experimentos junto ao seu Teatro Laboratório que, dispostos em conjunto, receberam o nome de Teatro Pobre, e Gilbert Durand (1921-2012), quando relacionadas às suas noções de imaginação simbólica, termo caro a esse filósofo francês, e aqui apropriado quanto a elucidações de símbolos elementares e urgentes, situados no imaginário coletivo, nas mitologias e nas amplitudes individuais, entre outras efetuações. |