Os processos imaginativos e a aprendizagem de ciências no contexto de práticas investigativas: o estudo de caso de Pietro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: NASCIMENTO, Maridalva Costa lattes
Outros Autores: https://orcid.org/0000-0002-3347-1277
Orientador(a): PARENTE, Andrela Garibaldi Loureiro lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemáticas
Departamento: Instituto de Educação Matemática e Científica
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14872
Resumo: Este estudo apresenta os processos imaginativos de um estudante em um contexto de práticas investigativas. É uma pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso. Assume a imaginação enquanto produção de sentidos subjetivos, que pode estar presente nos processos psíquicos humanos, quando configurados subjetivamente, sendo imprescindível para as produções criativas. Tem como objetivo geral, compreender como a imaginação, enquanto produção subjetiva, participa do processo de ensino-aprendizagem discente em ações investigativas de ciências. Isso significou interpretar a configuração subjetiva da ação de aprender do estudante. Foi utilizado como suporte teórico a Teoria da Subjetividade de González Rey, a Epistemologia Qualitativa e o método construtivo-interpretativo desenvolvidos pelo mesmo autor. Para construção da informação foram utilizados os seguintes instrumentos, enquanto recursos da pesquisa: completamento de frases, produção de textos, desenhos, vídeo-gravações, conversas informais, atividade investigativas e entrevistas. As expressões do participante permitiram construir indicadores de sentidos subjetivos e elaborar hipóteses sobre sua configuração subjetiva da ação de aprender. Assim, a interpretação realizada indicou que participam de sua configuração subjetiva da ação de aprender, núcleos de sentidos subjetivos, associados: à participação dos pais nos seus estudos; à sua postura desinibida, participativa, curiosa, responsável, e que não teme se expressar; ao seu desejo de ascender na vida. Os resultados sinalizaram ainda, que valorizar a imaginação do estudante cria condições para reflexões, posicionamentos, questionamentos e para a curiosidade. Isso fica facilitado nas práticas investigativas, nas quais o estudante não recebe o conhecimento pronto, mas precisa pensar como resolver problemas. Nesse contexto, a imaginação está presente na formulação e teste de hipóteses, na interpretação de resultados, e na formulação de novas perguntas, que emergem como produção subjetiva do momento atual, na interação com o professor e com os colegas, relacionada à subjetivação de experiências anteriores. E desse modo, as práticas investigativas deveriam se constituir um recurso pedagógico para a superação de um ensino por transmissão.