Petrologia, geologia estrutural e aerogeofísica da porção Leste do Domínio Bacajá, Província Maroni-Itacaiúnas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: SOUSA, Cristiane Silva de lattes
Orientador(a): BARROS, Carlos Eduardo de Mesquita lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica
Departamento: Instituto de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11616
Resumo: O Domínio Bacajá está situado na porção centro-leste do Estado do Pará na parte sul da Província Maroni-Itacaiúnas, na qual ocorrem rochas orogenéticas paleoproterozóicas e arqueanas retrabalhadas durante o Ciclo Transamazônico. A área estudada se localiza no município de Novo Repartimento, a sul da localidade de Maracajá, onde afloram monzogranitos, granodioritos, tonalitos, assim como quartzitos, granulitos e gnaisses. Anfibolitos ocorrem como xenólitos em granitóides. Diques de diabásio afloram localmente. Os dados aerogeofísicos permitiram aprimorar a cartografia da área. As estruturas magnéticas, principalmente das derivadas horizontais (x,y) e vertical (z), evidenciam lineamentos WNW-ESE, coincidente com as estruturas regionais. Os lineamentos de direções NE-SE representam diques máficos. Os canais de K, U, Th, Contagem Total e Ternários (RGB e CMY) permitiram a individualização de dez domínios gamaespectrométricos. Os granitos com biotita e gnaisses têm valores radiométricos altos. Nos locais de leucomonzogranitos e de granitos com hornblenda os valores de radioatividade são moderados a baixos, ao passo que nos quartzitos os valores são moderados a baixos. Os granitóides estudados têm foliação penetrativa em escala regional, com direções NW-SE a WNW-ESE e mergulhos geralmente subverticais. Acamamento primário com mergulhos de baixo e alto ângulos evoluem para foliação secundária e zonas miloníticas concordantes. A lineação mineral é fraca e possui baixo ângulo de caimento. Na escala microscópica nota-se transição da deformação em estágio não completamente consolidado para a deformação no estágio sólido. A análise dos elementos estruturais dos granitóides refletem contemporaneidades entre a deformação regional e a colocação de grande volume de magma intermediário a félsico, onde a penetratividade, em escala regional, da foliação impressa nas rochas e a homogeneidade desta foliação na escala de afloramento são feições muito comuns em cinturões plutônicos sintectônicos, geralmente encontrados em arcos magmáticos. Quatorze fácies petrográficas são descritas entre os granitóides, podendo traduzir a presença de vários plútons. Estas rochas são metaluminosas, cálcio-alcalinas de médio a alto potássio e se distinguem por altos teores de elementos terras raras leves e concentrações baixas de terras raras pesados. As anomalias negativas de Eu são muito pequenas ou estão ausentes. Os granitóides mostram feições petrográficas, geoquímicas e estruturais que permitem sugerir um ambiente de arco magmático para a região estudada, com a colocação dos granitóides contemporânea a esforços compressivos.