A internet como espaço de atuação política para mulheres capoeiristas em tempos de isolamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: PENA, Luana de Nazaré Pinto lattes
Orientador(a): BUENO, Michele Escoura lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia
Departamento: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/16365
Resumo: Os espaços em rede configuraram novas dinâmicas de sociabilidade, possibilitando o entrelaçamento de diferentes contextos histórico-sociais, uma multiplicidade de grupos, organizações e sujeitos com diferentes perfis de atuação e mobilização social e política, que atingiram novos patamares a partir dos contextos impulsionados pela pandemia da COVID- 19, no ano de 2020. Foi neste cenário que a capoerista paraense Sabrina Silva utilizou as lives no Facebook para difundir o movimento feminino da capoeira no Pará. Diante do exposto, o presente estudo objetivou analisar como a internet se tornou um lócus de atuação política das mulheres capoeiristas durante a pandemia no ano de 2020, a partir do estudo de caso das Lives de Sabrina Silva. Para realizar as análises, adotamos a etnografia digital como método, ela é uma adaptação da análise etnográfica para o estudo de culturas on-line, visando explorar e expandir as possibilidades por meio do constante uso das redes digitais. Em relação ao arcabouço teórico, selecionamos, entre outros, autores que trabalham questões relacionadas à capoeira, como Nestor Capoeira (1999), Letícia Reis (2000) e Luiz Augusto Leal (2005); autores que discutem as relações de movimentos sociais na atualidade, como Manuel Castells (2014) e Maria da Gloria Gohn (2011); autores que debatem questões de gênero, raça e classe, por exemplo, Anne McClintock (1995) e Kimberlé Crenshaw (2002); e teóricos que discutem a etnografia do digital, a saber, Beatriz Lins, Carolina Parreiras e Eliane Freitas (2020). Com isso, verificamos que as mídias sociais foram apropriadas por mulheres durante um período em que encontros físicos estavam suspensos, a fim de difundir uma luta tão importante para a construção da cultura brasileira, assim, evidenciando as relações de poder presentes na capoeira e suas possibilidades de expandirem as discussões sobre o tema e darem mais visibilidade a ele.