Desempenho do Guppy (Poecilia reticulata) em modelos de ansiedade: campo aberto, preferência claro-escuro e labirinto em cruz com rampa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: MONTEIRO, André Luiz Viard Walsh lattes
Orientador(a): GOUVEIA JUNIOR, Amauri lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento
Departamento: Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9041
Resumo: O uso de modelos animais em pesquisa experimental nas últimas décadas tem se mostrado mais diversificado do que o modelo clássico através do uso de roedores ou primatas. Isso se dá principalmente pelos avanços nos estudos moleculares, morfológicos e funcionais que revelaram uma grande homologia entre os vertebrados. Nesta perspectiva, o peixe Zebrafish (Danio rerio) tem se mostrado como o animal não-mamífero com maior ascensão como animal de estudo em ciências biológicas nas últimas décadas. Entretanto, outras espécies de peixes também se mostram promissoras como alternativas de uso como modelo animal. Este estudo utilizou o Guppy (Poecilia reticulata) como modelo para pesquisa em comportamento através de diferentes abordagens experimentais. No estudo I, guppies foram expostos e reexpostos em diferentes turnos (manhã, tarde, noite e madrugada) nos testes de campo aberto e preferência claro-escuro. Os resultados encontrados mostram que em ambos os testes, machos e fêmeas apresentam diferenças comportamentais, sendo sensíveis a reexposição, com capacidade de aprendizagem e controle do ciclo circadiano. No estudo II, foi desenvolvido um labirinto em cruz com rampa no qual se verificou a sensibilidade da espécie ao aparato, o perfil de resposta mediante reexposição e o efeito de drogas. Os resultados revelaram sensibilidade ao aparato para uma altura de coluna d’água de 8cm e 5 minutos de sessão e diferenças entre os sexos e aprendizagem por habituação ao longo das reexposições. O estudo farmacológico indica que neste aparato a espécie é sensível a drogas ansiolíticas e ansiogênicas. Ao final, pode-se concluir que o Guppy apresenta comportamento similar e respostas as drogas compatível com os dados descritos para Zebrafish. Tais similaridades reforçam o uso de peixes como uma alternativa ao uso de mamíferos na experimentação animal.