Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
ALMEIDA, Edileuza de Sarges
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Orientador(a): |
COSTA, Gilcilene Dias da
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Instituto de Ciências da Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/8480
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Resumo: |
A pesquisa discute os efeitos discursivos das relações de gênero implicados na constituição de subjetividades nos Cursos de Engenharia do Campus Universitário de Tucuruí da Universidade Federal do Pará (UFPA). O estudo problematiza as construções discursivas de gênero relacionadas à presença feminina nos cursos de Engenharia Civil, Elétrica e Mecânica do CAMTUC/UFPA, especialmente por serem cursos relacionados às ciências exatas, surgidos no ano de 2005 através do convênio entre a UFPA e a Eletrobrás/Eletronorte, e também ser considerados historicamente masculinos. No campo teórico-metodológico, o texto se situa em uma perspectiva pós-estruturalista, dialogando com Foucault (2011, 2004) e os estudos da sexualidade, com Scott (1995) e Louro (2003, 2007, 2013) sobre o gênero enquanto categoria histórica, política e relacional; Swain (2000), Weeks (2001), Beauvoir (2009) e as discussões sobre a mulher e o feminismo; Apple (2006), Silva (1996, 2010, 2013), Moreira e Silva (2011) com a discussão sobre currículo, compreendido como um artefato cultural atravessado por relações de poder; Cabral e Oliveira (2011), Tebet (2008), Lombardi (2006) e Teixeira (2001) sobre a inserção feminina nas engenharias. A coleta de dados focaliza os currículos oficiais dos cursos mencionados e as entrevistas realizadas com mulheres e homens estudantes e gestores/as dos cursos de engenharia, cujas análises dos documentos e narrativas apontam uma produção discursiva de subjetividades em permanente conflito nas questões de gênero nos cursos pesquisados, pois, ora os discursos reiteram práticas de dominação da mulher historicamente assentadas em nossa sociedade, ora transpõem essas barreiras da dominação pelo viés da singularidade da presença feminina nos cursos, descortinando novos cenários de formação. Como resultado do estudo, argumentamos que a desnaturalização dos ambientes de formação e profissionalização é condição para que as mulheres possam constituir suas subjetividades de gênero, pessoais e profissionais, com ampla liberdade, experimentando suas próprias escolhas e não ficando restritas a padrões normativos e estereótipos mantidos historicamente. Assim, a relevância do estudo consiste em buscar desnaturalizar os currículos locais e as práticas discursivas implicadas na produção de subjetividades femininas no ensino superior e, junto a isso, afirmar a singularidade feminina na reconfiguração profissional frente às investidas históricas de invisibilização e dominação. |