Sapientia Et Beatitudo: o humano como imago Dei em Santo Agostinho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: SANTOS, Renan Santos dos lattes
Orientador(a): CHAVES, Ernani Pinheiro lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Departamento: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Mal
Palavras-chave em Inglês:
Sin
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15790
Resumo: O tema da felicidade já havia sido abordado pelos filósofos antigos, mas no novo mundo cristão que surgia, devemos atentar para as peculiaridades, pois, na Idade Média, possuía-se dois vocábulos para designar a palavra felicidade, uma destas expressões era o vocábulo felicitas que indicava prosperidade e fecundidade e o outro termo era o vocábulo beatitudo que implicava na bem-aventurança, na posse do verdadeiro absoluto, representando uma espécie de felicidade ―eterna‖, ou ―última‖, ou ―final‖, assumindo a ideia de ―perfeição‖ – a igreja apropriou-se do vocábulo de origem grega makaría, eudaimonia e se concretizou na beatitudo (felicidade), dando-lhe um além do religioso que lhe era próprio, um sentido além disso cristão, por pensar o fim último da felicidade como comunhão (união íntima) com um Deus pensado agora como dom e, consequentemente, concebido agora como plenitude da bondade. Defenderemos que, de acordo com Agostinho, a felicidade implica em comunhão com aquilo que se deseja enquanto bem para si e para os outros, de modo que o indivíduo se afasta da miséria, pois, como poderia ser feliz aquele que vive diante daquilo que é temporalmente irrealizável para o outro e para si, por si mesmo, o homem sábio é aquele que reconhece sua natural debilidade, de sua fraqueza. Porém, o distúrbio da ordem original nos conduz a viver diante do irrealizável, visto que sua vontade se dirige apenas as coisas impossíveis e incompatíveis com a sua natureza. Esta é a posição defendida pelo jovem Agostinho. Por conseguinte, neste trabalho buscaremos apresentar todo este itinerário do humano para a felicidade destacando o papel que a sabedoria desempenha na configuração do homem como imagem de Deus na trajetória do pensamento agostiniano.