Práticas individuais e coletivas dos enfermeiros na atenção primária à saúde: um panorama da região norte do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: VELOSO, Caroline de Morais Zanchin lattes
Orientador(a): FERREIRA, Glenda Roberta Oliveira Naiff lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Departamento: Instituto de Ciências da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/16741
Resumo: INTRODUÇÃO: as características territoriais com ênfase a geografia da região Norte exigem práticas individuais e coletivas do trabalho do enfermeiro da Atenção Primária à Saúde que atendam as peculiaridades das populações que habitam esse território. OBJETIVO: analisar as práticas individuais e coletivas que estão associadas as dificuldades dos enfermeiros que atuam na Atenção Primária à Saúde da região Norte. MÉTODO: estudo de métodos mistos realizado com enfermeiros da Atenção Primária à Saúde da região Norte, entre novembro de 2019 a agosto de 2021, através de um formulário eletrônico e entrevista. Os dados foram analisados pelo programa Bioestat e o software IRaMuTeQ®, utilizou-se análise temática de conteúdo de Bardin. RESULTADOS: 626 enfermeiros participaram da etapa quantitativa e 31 da qualitativa. A dificuldade no exercício das práticas foi descrita por 15,7% (98/626) dos enfermeiros. Foram identificadas quatro categorias na análise qualitativa: autonomia profissional em suas atividades; necessidade de prescrição de outro profissional para concluir um atendimento; facilidades e dificuldades no trabalho. Entre as práticas coletivas, houve associação entre a dificuldade e a participação no gerenciamento dos insumos (p = 0,03), mas evidenciou-se pelas entrevistas que o enfermeiro participa da solicitação de material técnico, porém não recebe conforme solicitado. Nas práticas individuais, houve associação entre a dificuldade e a realização de consulta (p = 0,03) e a prescrição de medicamentos (p= 0,02). A análise qualitativa demonstra que o enfermeiro necessita da prescrição de outro profissional para concluir um atendimento que iniciou. A associação entre dificuldade e a resolutividade evidenciou significância entre a consulta pré natal (p = 0,000), atividades de acompanhamento de crescimento e desenvolvimento infantil (p= 0,001; 25%) e planejamento familiar (p= 0,000; 25,7%). No entanto, trata-se das práticas que o enfermeiro relata que são exercidas com maior autonomia por eles. A associação da dificuldade com o cuidado aos hipertensos (p <0,0001) e diabéticos (p< 0,0001) apontadas também com resolutividade insuficiente. Nestas atividades o enfermeiro descreve precisar do médico para prescrever as medicações e concluir o atendimento. CONCLUSÃO: O trabalho desenvolvido pelos enfermeiros da atenção primária à saúde, requer o aprimoramento contínuo das competências e habilidades desses profissionais, principalmente no que tange a consulta de enfermagem e a prescrição de medicamentos. A implementação de protocolos de enfermagem e a educação permanente auxiliam no desenvolvimento da autonomia profissional, visando a qualidade do serviço e a resolutividade na assistência prestada aos usuários.