Poéticas do espaço aumentado: as possibilidades estéticas e políticas do uso da realidade aumentada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: OLIVEIRA NETO, Raymundo Firmino de lattes
Orientador(a): SAMPAIO, Valzeli Figueira lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Artes
Departamento: Instituto de Ciências da Arte
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/7435
Resumo: Frente as transformações tecnológicas do século XXI vemos surgir dispositivos que dão uma nova dinâmica a relação homem-máquina-imagem, assim como a percepção do espaço e da realidade. A realidade aumentada é um desses dispositivos, cujas relações de poder, saber e produção de subjetividade ainda não são completamente compreendidas no cotidiano e no campo da artemídia. logo essa pesquisa procura compreender o uso da realidade aumentada em produções artísticas e sua possibilidades estéticas e políticas a partir do estudo de caso da produção do grupo Manifest.AR e outros artistas. Partindo da hipótese que essas produções realizam uma investida contra a caixa-preta, saindo da condição de meros funcionários do aparelho para expressar suas próprias questões estéticas e políticas, articulando e desarticulando questões referentes a própria lógica do dispositivo em relação ao campo da arte e da vida. Para isso, a realidade aumentada é abordada como um dispositivo, conceito apropriado de Michel Foucault, e associada a outros meios e formas artísticas para discutir sua especificidade. A discussão estética e política foi elaborada com base no conceito de espaço aumentado de Lev Manovich e de caixa-preta de Vilém Flusser, assim como na estética relacional de Nicolas Bourrioud e na estética de comunicação de Mário Costa. a pesquisa mostrou que apesar da Realidade Aumentada poder ser descrita como meio com suas próprias especificidades e possibilidades poéticas, é ainda cedo declarar que os trabalhos feitos em Realidade Aumentada até hoje constiutuem uma nova forma de arte, ao contrário a Realidade Aumentada aumenta mais formas anteriores de intervenção e instalação em espaços nos quais fronteiras são por vezes desfeitas e recriadas entre o público e o privado, o espaço digital e o espaço físico, o real e o virtual, corpo e mídia, arte e política, em um espaço cíbrido e aumentado.