Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
SANTOS, Larissa Pereira
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Orientador(a): |
Amorim, Célia Regina Trindade Chagas
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia
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Departamento: |
Instituto de Letras e Comunicação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/12273
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Resumo: |
Este trabalho tem o objetivo de analisar a Justiça nos Trilhos como uma rede comunicativa de comunidades e movimentos sociais que atua em defesa das atingidas e dos atingidos pela Vale S.A. na Amazônia. Partimos da hipótese de que a Rede Justiça nos Trilhos é uma articulação comunicativa de comunidades e movimentos sociais que, ao desenvolver atividades nos espaços físicos e virtuais, denuncia impactos e promove direitos por meio de ações locais, nacionais e internacionais. A Rede surgiu em 2007, como uma campanha internacional realizada para buscar apoio às pessoas atingidas pela Vale S.A., e ganhou adesão de vários movimentos sociais, comunidades, sindicatos e organizações durante o Fórum Social Mundial (FSM), em 2009, na cidade de Belém do Pará. Diante disso, tomamos por base o seguinte questionamento: como ocorrem as articulações comunicativas da Rede Justiça nos Trilhos com as diferentes comunidades e movimentos sociais para fazer frente às ações da Vale S.A.? Outras inquietações também foram necessárias: Quais são seus objetivos? Quais atores sociais compõem a rede? Quais processos comunicacionais podem ser observados face a face e na internet como forma de articulação em rede? Na busca de respostas, dialogamos com as contribuições teóricas de Freire (1983), Wolton (2010), Gohn (2013, 2014), Scherer-Warren ( 2006, 2011), Castells (2013, 2015), Melucci (1989), Touraine (1989, 1998), Pinsky e Pinsky (2013), Mouffe (2003, 2015), Buber (1982), Peruzzo (2005, 2009, 2013, 2017), Paiva (2003) e Amorim (2018), dentre outros, para adentrarmos nos estudos sobre movimentos sociais, redes de movimentos sociais, formas de mobilizações sociais, ações coletivas, comunicação, cidadania e comunidade. A metodologia se constitui de uma abordagem qualitativo-descritiva, com o uso do método de Análise de Conteúdo para estudarmos as formas de organização da Justiça nos Trilhos na internet. Como técnicas de pesquisa, realizamos rodas de conversas, observação participante, seguidas de entrevistas abertas e semiestruturadas no Encontro da Juventude Atingida pela Mineração (Maranhão), no Encontro Regional dos Atingidos pela Mineração (Pará e Maranhão) e na Exposição e Ciclo de Debates “Do rio que era doce ao outro lado dos trilhos, os danos irreversíveis da mineração” (Pará), para entendermos suas redes de comunidades e movimentos sociais. Os encontros e o ciclo de debates ocorreram em junho, julho e agosto de 2017. Durante os meses de junho e julho de 2017, também monitoramos a página no Facebook e o site da Rede Justiça nos Trilhos, com o intuito de perceber as articulações em redes manifestadas na internet. Consideramos que as redes comunicativas da Justiça nos Trilhos são processos desenvolvidos no âmbito da comunicação comunitária, alternativa, popular e dialógica, tendo a transformação das comunidades atingidas pela Vale S.A. como objetivo central, ajudando, por meio do desenvolvimento de suas práticas nas redes sociais ou na internet, na construção e ampliação da cidadania. |