Química mineral e parâmetros de cristalização do Granito tipo A Paleoproterozoico Bannach, Província Carajás, Pará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: MESQUITA, Caio José Soares lattes
Orientador(a): DALL'AGNOL, Roberto lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica
Departamento: Instituto de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11545
Resumo: O Granito paleoproterozoico tipo A Bannach pertence a Suíte Jamon, intrusiva nas unidades arqueanas do Domínio Rio Maria, sul da Província Carajás, Sudeste do Cráton Amazônico. Compreende oito fácies com conteúdo de máficos e granulação variados. Os anfibólios dominantes são ferro-hornblenda nas fácies menos evoluídas e ferroedenita ou hastingsita nas mais evoluídas e suas razões Fe/(Fe+Mg) variam de 0,53 a 0,81. Nas fácies mais ricas em máficos ocorrem cummingtonita e grunerita, oriundas da desestabilização de clinopiroxênio, com razão Fe/(Fe+Mg) em torno de 0,50. A biotita é ferrosa e apresenta na maioria das fácies razões Fe/(Fe+Mg) entre 0,62 e 0,80, porém na fácies leucomonzogranito médio tardio exibe razões entre 0,89 e 0,91 e sua composição se aproxima da annita. O plagioclásio apresenta zoneamento normal com núcleos de andesina sódica ou oligoclásio cálcico e bordas de oligoclásio sódico nas fácies mais ricas em máficos e composição de oligoclásio cálcico a sódico com bordas albíticas nas fácies mais félsicas. A titanita possui razões Fe/Al compatíveis com aquelas de rochas magmáticas plutônicas com quartzo. Magnetita e ilmenita estão presentes nas diferentes fácies. A ilmenita se apresenta nas variedades texturais em treliça, em manchas (patches), composta e individual, enquanto que a magnetita ocorre intercrescida com lamelas de ilmenita em treliça, associada à ilmenita composta ou em cristais homogêneos. Não há contrastes composicionais expressivos entre as variedades texturais de ilmenita, mas se constatou enriquecimento em MnO nas ilmenitas das fácies mais félsicas. A magnetita é sempre pobre em Ti, sendo que os cristais homogêneos associam-se com anfibólio ferromagnesiano e são praticamente desprovidos de Ti. Estimativas de temperaturas obtidas com o geotermômetro do zircão, interpretadas como próximas ao liquidus, variam entre 943 e 795 °C, ao passo que aquelas próximas do solidus, deduzidas a partir do geotermômetro de anfibólio e plagioclásio, variam de 807 a 732 °C, decrescendo em ambos os casos das fácies mais ricas em máficos para as mais félsicas. A pressão de colocação, estimada com o geobarômetro de Al em anfibólio, foi de 300±100 MPa (11,1±1,9 km). As razões Fe/(Fe+Mg) de anfibólio e a presença de magnetita e titanita magmáticas sugerem cristalização sob condições moderadamente oxidantes, porém, as composições de biotita apontam para condições um pouco mais redutoras às do magma Jamon e às dos granitos anorogênicos da série magnetita de Laurentia. Com base nisso, foi inferido que a cristalização das fácies dominantes no corpo Bannach se deu em condições de fugacidade de oxigênio correspondentes às de NNO a NNO -0,5. A fácies fácies leucomonzogranito médio tardio é exceção, pois exibe razões Fe/(Fe+Mg) em biotita muito elevadas e similares às dos granitos reduzidos da Província Carajás, bem como às dos granitos da série ilmenita de Laurentia e Fennoscandia. Isto reforça a hipótese de sua geração em pulso magmático tardio, a partir de líquido derivado de fonte mais reduzida do que a das demais fácies do Granito Bannach.