Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
RUDNITZKI, Isaac Daniel
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Orientador(a): |
NOGUEIRA, Afonso César Rodrigues
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica
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Departamento: |
Instituto de Geociências
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11827
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Resumo: |
Os últimos estágios da evolução orogênica da Faixa Paraguai Norte, sul do Cráton Amazônico, mostram um fechamento de uma margem passiva na transição Neoproterozóico-Cambriano, com a sedimentação predominantemente carbonática do Grupo Araras sucedida por depósitos siliciclásticos do Grupo Alto Paraguai. Os eventos que levaram à inibição da sedimentação carbonática estão, em parte, registrados na Formação Nobres, unidade de topo do Grupo Araras. Na porção sudeste da Faixa Paraguai Norte, região de Cáceres (MT), a Formação Nobres é limitada na base por uma superfície brusca, sobrepondo os dolomitos da Formação Serra do Quilombo, e no topo, é sobreposta discordantemente pelos depósitos costeiros siliciclásticos da Formação Raizama do Grupo Alto Paraguai. A Formação Nobres é constituída de ciclos de raseamento/salinidade crescente ascendente (shallowing/brining upward) de perimaré relacionados a um clima árido e foi subdividida em dois membros: i) membro inferior, composto de dolomitos fino maciços, dolopackstones intraclásticos com acamamentos enterolítico e de megaripple, laminação ondulada com mud drapes, dolomito com moldes evaporíticos silicificados e estromatólitos estratiformes a dômicos, interpretados como depósitos de planície de maré/sabkha; e ii) membro superior, composto de dolomitos fino com acamamento maciço, arenitos dolomíticos com acamamento de megaripples, laminação ondulada com mud drapes, estromatólitos estratiformes a dômicos e rugosos, dolomitos com moldes de evaporítos silicificados, arenitos com laminações cruzada cavalgante e de baixo ângulo, e pelitos com laminações plano-paralela e ondulada, interpretados como depósitos de planície de maré mista. O arcabouço quimioestratigráfico da Formação Nobres inclui valores de 13C e 18O entre -2,19 a 0,27‰ e -7,42 a -4,25‰VPDB, respectivamente. Os valores de 13C são considerados como primários e representativos da composição original da água do mar neoproterozóica. A análise da curva de estratigrafia de δ13C em conjunto com a interpretação faciológica e seguindo o modelo de estratificação de águas oceânicas durante o Ediacarano, permitiu a identificação de quatro padrões isotópicos para a sucessão estudada: tipo I, relacionado à plataforma rasa influenciada por ondas e tempestades da Formação Serra do Quilombo, com valores a δ13C próximos de zero variando de -0,27 a 0,4‰VPDB relacionado à mistura de águas estratificadas do oceano; tipo II, referente à transição entre as formações Serra do Quilombo e Nobres, com valores de δ13C variando de -0,12 a 0,41‰ VPDB com trend positivo atribuído a fixação de 12C por atividade biológica; tipo III, definido como o sinal isotópico típico da Formação Nobres, com trend uniforme e oscilando entre valores δ13C de -1,80 a -0,13‰VPDB relacionado a variação do nível do mar; e tipo IV, com trend serrilhado e valores de δ13C de -2,19 a -0,73‰ VPDB indicativos de períodos de reequilíbrio isotópico das águas de perimaré. O empilhamento de até 200m dos ciclos de perimaré sugere geração contínua e recorrente de espaço de acomodação provavelmente ligado à subsidência tectônica. O influxo siliciclástico no final da deposição da Formação Nobres, inibindo a sedimentação carbonática, é atribuída ao soerguimento de áreas-fontes ligada ao início do fechamento do Oceano Clymene, durante a colisão Pampeana-Araguaia no limite Neoproterozoico-Cambriano. |