Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
AZEVEDO, Lucília Lima
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Outros Autores: |
https://orcid.org/0000-0002-2491-577X |
Orientador(a): |
COSTA, Russany Silva da
![lattes](/bdtd/themes/bdtd/images/lattes.gif?_=1676566308) |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Assistência Farmacêutica
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Departamento: |
Instituto de Ciências da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/16095
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Resumo: |
As Unidades de Terapia Intensiva Neonatais (UTIN) comportam diversos profissionais de saúde, trabalhando em conjunto para garantir o cuidado integral aos pacientes. Desde a década de 90 se propõe o profissional farmacêutico como um dos membros fundamentais da equipe multiprofissional do cuidado ao paciente crítico. O desafio do uso seguro e adequado de fármacos no período neonatal é intimidante e torna-se mais complicado pela notória falta de dados baseados em evidências para orientar a tomada de decisões. O presente trabalho visou elaborar um manual de uso de medicamentos orais prescritos para administração via sonda a pacientes internados, como subsídio de orientação à equipe multiprofissional. Trata-se de um estudo documental de caráter descritivo, analítico e retrospectivo com abordagem quantitativa, onde foram analisados os dados a partir das prescrições médicas da UTIN no período de 01 de janeiro de 2020 a 31 de dezembro de 2021, sendo excluídos os neonatos com tempo de internação menor que 24h e/ou que não tiveram prescrição de medicamentos para administração via sonda e as fichas de relato da enfermagem. Durante o estudo 633 neonatos foram admitidos na UTIN, desses 23,5% foram excluídos por tempo de internação inferior a 24h, 18,4% por falta de informações no prontuário e 34,1% por não apresentarem prescrição de medicamentos via sonda. Nesse sentido a população do estudo consistiu em 151 neonatos, desses 53,6% do sexo masculino e 46,4% do sexo feminino, sendo a maioria nascidos de parto cirúrgico (59,6%). Tal população apresentou peso variando entre 750g e 4.515g, com a maioria estatisticamente significativa, apresentando baixo peso (59,6%), seguido daqueles com peso muito baixo (23,8%). A média de permanência na UTI foi de 12,6 dias, com o mínimo de 02 dias e máximo de 40 dias. Outrossim, o diagnóstico de maior prevalência foi a prematuridade que alcançou 72,2%, com 47,7% de prematuridade isolada e 24,5% de prematuridade somada a Síndrome do Desconforto Respiratório (SDR), sendo a proporção de prematuridade estatisticamente significante em relação aos demais diagnósticos. Quase 50% dos neonatos tiveram três ou mais medicamentos prescritos, onde foi constatado que a os medicamentos mais prescritos foram antifiséticos e antieméticos (Simeticona/Domperidona: 42,2 e Bromoprida: 24,6%), a forma farmacêutica mais frequente foi a líquida (90,7%), podendo ser administradas por sonda (98,0%), não apresentando interação medicamentosa (98,0%) ou com dieta (nutrição parenteral) (89,4%). Nos relatos da enfermagem, 79,2% afirmaram ter preparado/administrado algum medicamento prescrito para administração via sonda e 73% dos profissionais afirmaram ter dúvidas quanto à preparação e administração dos medicamentos. A dúvida de maior frequência foi sobre a administração (10 em 14-71,4%). Também foram dúvidas a diluição e a incompatibilidade do medicamento (35,7% ambos), assim como o preparo, a trituração e o tempo de fechamento (21,4% cada). Com isso, destaca-se a necessidade da elaboração de um Manual que venha contribuir como ferramenta para as boas práticas na administração de medicamentos via sonda, como uma ferramenta voltada principalmente para o profissional de enfermagem, participante ativo deste processo. |