Efeitos neuroprotetores e anti-inflamatórios do óleo de copaíba (Copaifera reticulata Ducke) em ratos adultos submetidos a isquemia do córtex motor por microinfecções de Edotelina-1

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: SILVA, Paulo Rodrigo Oliveira da lattes
Orientador(a): LEAL, Walace Gomes lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10765
Resumo: O acidente vascular encefálico (AVE) é uma desordem neural causada pela interrupção do fluxo sanguíneo nos vasos que irrigam o encéfalo (AVE isquêmico) ou rompimento destes (AVE hemorrágico), causando déficits cognitivos, sensoriais e/ou motores. Com exceção do uso trombolíticos, o qual possui uma janela terapêutica muito estreita e é pouco utilizado, inexistem outros tratamentos farmacológicos ou terapia celular disponíveis para esta condição patológica. Desse modo, é necessária a busca por novos tratamentos, tais como o desenvolvimento de agentes neuroprotetores. A Amazônia é uma rica fonte de produtos naturais, mas as suas ações terapêuticas para doenças do sistema nervoso central (SNC) foram pouco investigadas. Neste trabalho, investigou-se as ações neuroprotetoras e anti-inflamatórias do óleo-resina de copaíba (ORC). Ratos Wistar adultos foram submetidos à isquemia focal por microinjeções (80pMol/μl) de endotelina-1 (ET-1) diretamente no córtex motor e foram tratados com doses diárias de ORC (400mg/kg) ou tween a 5%. Os animais foram perfundidos 7 dias após a lesão. A análise histopatológica foi realizada pela coloração com violeta de Cresila (cérebro) e com hematoxilina-eosina (fígado e rins). Realizou-se imunoistoquímica para a marcação de neurônios (anti-NeuN), astrócitos (anti-S100) e caspase (anti-caspase-3). A morfometria demonstrou redução no tamanho da área de lesão quando comparou-se animais tratados (15,96 ± 1,53 mm2) e controle (28,82 ± 2,65 mm2). O exame histopatológico do fígado e rins não encontrou alterações indicativas de toxicidade. Na análise quantitativa observou-se preservação neuronal, porém, não observou-se diferença estatística entre os grupos referente a análise de astrócitos (células S100+). O grupo tratado com ORC apresentou um aumento na expressão de caspase-3. Conclui-se que o ORC pode ter um papel neuroprotetor ao contribuir com a sobrevivência neuronal na área de penumbra isquêmica, porém, trabalhos futuros são necessários a fim de descobrir por qual(is) via(s) o ORC está agindo para promover a sobrevivência neuronal.