Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
MARTINS, José Jamil Fernandes
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Orientador(a): |
COSTA, Francisco de Assis
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido
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Departamento: |
Núcleo de Altos Estudos Amazônicos
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11109
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Resumo: |
De início desenvolveu-se uma base teórica que dá sustentação ao trabalho, estruturando-se um conceito de sustentabilidade ambiental que, por sua vez, serviu de apoio à elaboração do Índice de Sustentabilidade Ambiental Agrícola (ISAGRI). Ressalta-se que o referido índice baseia-se, dentre outros, na Equação Universal de Perda de Solo – EUPS. Trabalhou-se em seguida no sentido de se analisar os efeitos da ação antrópica praticada por produtores de soja, pecuaristas e pequenos produtores, em três microbacias do Estado do Tocantins, localizadas nos municípios de Sítio Novo do Tocantins, ao norte do Estado; Araguaina, ao nordeste; e Pedro Afonso, na região central do Estado. Nessa análise, calculou-se o grau de sustentabilidade inerente a cada uma das atividades utilizando-se o ISAGRI. A partir da realidade observada nas regiões sob estudo foram criados dezenas de cenários alternativos, que permitiram maior abrangência à análise efetuada em função dos resultados apresentados pelo ISAGRI. Comparou-se o desempenho obtido por cada categoria de produtor entre si, de forma a se ter melhor idéia de qual delas, ao longo do seu processo produtivo, produz maior agressão ao meio ambiente. Utilizou-se o ISAGRI também em sua forma desagregada, ou seja, através de alguns dos seus sub-índices, o que permitiu comparações menos agregadas e, portanto, mais próximas da realidade. Em seguida, procedeu-se ao cálculo da valoração dos custos de reposição do solo decorrentes das atividades exercidas pelos produtores rurais. Para execução do cálculo usou-se o Método Custo de Reposição (MCR), feitas algumas alterações a um modelo tradicional. Aos resultados obtidos aplicou-se o mesmo tipo de análise comparativa usada anteriormente. De acordo com os resultados, sob o ponto de vista da sustentabilidade ambiental, a atividade dos pecuaristas situados em uma microbacia do município de Araguaina-TO, encontra-se no mesmo patamar alcançado pelos pequenos produtores de Sítio Novo do Tocantins-TO, ou seja, situam-se na faixa considerada boa. Já os plantadores de soja estabelecidos numa microbacia de Pedro Afonso-TO, alcançaram um índice classificado apenas como regular. Observa-se que quando se analisa as dezenas de cenários alternativos criados, ora encontra-se algumas particularidades interessantes, ora outras preocupantes, todas comentadas ao longo do estudo. No entanto, quando se considera a valoração dos custos de reposição do solo perdido, as operações com pequenos produtores, inclusive nos cenários projetados, são consideradas não sustentáveis, o que gera uma situação até certo ponto paradoxal. Quando, sob o ponto de vista ambiental, sua atividade alcança bom nível de sustentabilidade e, à luz da valoração dos custos de reposição do solo perdido em função de sua atividade, eles já caem para a faixa da não sustentabilidade. Os plantadores de soja, nas condições reais estão dentro da sustentabilidade e, de acordo com o cenário previsto, ora se encontram dentro da sustentabilidade, ora fora. Já no caso dos pecuaristas, em todas as situações sua atividade permanece no contexto da sustentabilidade. |