Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
PEREIRA, Douglas Ferreira
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Orientador(a): |
LAMARÃO, Claudio Nery
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica
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Departamento: |
Instituto de Geociências
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11640
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Resumo: |
O depósito de ouro São Chico está localizado na Vila homônima, no sudoeste do Estado do Pará, distando cerca de 220 km ao sul da cidade de Itaituba. Suas encaixantes foram inicialmente mapeadas como pertencentes à Suíte Intrusiva Parauarí (SIP) e às rochas do entorno, como Complexo Cuiú-Cuiú (CC) e Suíte Intrusiva Creporizão (SIC). No entanto, os estudos petrográficos, geoquímicos e de química mineral realizados neste trabalho revelaram que as rochas da SIC são as encaixantes do depósito propriamente dito. Além disso, este estudo permitiu a individualização de seis fácies para as rochas do CC: anfibólio-biotitagranodiorito (ABGRN), piroxênio-quartzo-monzonito (PQMZN), anfibólio-biotitamonzogranito (ABMZG), biotita-leucogranodiorito (BLGRN), biotita-leucomonzogranito (BLMZG) e biotita-leucosienogranito (BLSG). As três primeiras fácies estão localizadas na porção noroeste da área, enquanto que as três últimas se concentram na porção sudeste. Na SIC foram distinguidos biotita-anfibólio-monzogranitos (BAMZG), dominantes e hospedeiras da mineralização e, de forma subordinada, os biotita-anfibólio-granodioritos (BAGRN). Na SIP foram reconhecidos anfibólio-granodiorito (AGRN), anfibólio-monzogranito (AMZG) e anfibólio-sienogranito (ASG). As rochas da SIC, SIP e as da porção noroeste do CC são isotrópicas, enquanto as da porção sudeste apresentam leve deformação. De modo geral, são rochas de granulação média a grossa e de texturas granular hipidiomórfica, granofírica e microporfirítica. A separação das unidades foi reforçada por meio da composição das principais fases máficas: biotita e anfibólio. Os anfibólios da fácies ABGRN do CC são Mghornblenda, enquanto os das rochas da SIC e SIP apresentam composição de Fe-hornblenda, dominante e subordinada Fe-tschermakita. As biotitas do ABGRN do CC e dos BAGRN e BAMZG da SIC foram caracterizadas como primárias, enquanto as do BLSG do CC como reequilibradas. As biotitas dessas unidades (CC e SIC) se assemelham em composição a biotitas de granitos cálcico-alcalinos. O estudo geoquímico permitiu definir assinatura cálcioalcalina de alto-K, caráter metaluminoso a peraluminoso, padrão multielementar relativamente similar, assim como enriquecimento dos elementos terras raras leves (ETRL) em relação aos pesados (ETRP). As características geoquímicas e os estudos de correlação indicam uma evolução geodinâmica envolvendo um contexto orogênico relacionado a um ambiente de subducção, onde foram gerados as rochas do CC, seguido por um ambiente transicional entre um contexto convergente e um contexto extensional intracontinental, marcado pela geração das rochas da SIC e SIP. Estudos geoquímicos comparativos foram realizados com unidades já estudadas e que ocorrem nas proximidades do depósito São Chico. Dentre elas, o Granito Palito, o Granodiorito Parauarí e as rochas representantes do Complexo Cuiú-Cuiú, Suíte Intrusiva Creporizão e Suíte Intrusiva Parauarí descritas pela CPRM apresentam boa correlação com as unidades estudadas neste trabalho. Por outro lado, o Granito São Jorge Antigo, o Granodiorito Fofoquinha e o Granito Jardim do Ouro apresentaram um padrão geoquímico distinto das rochas aqui estudadas. |