Entalhadores do efêmero: a vida associativa na criação dos Brinquedos de Miriti de Abaetetuba

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: FERREIRA JUNIOR, Amarildo lattes
Orientador(a): FIGUEIREDO, Silvio José de Lima lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido
Departamento: Núcleo de Altos Estudos Amazônicos
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10909
Resumo: Esta pesquisa analisa as relações sociais que ocorrem no processo criativo desenvolvido pelos artesãos que produzem os denominados Brinquedos de Miriti de Abaetetuba, referenciados como artesãos de miriti, e demonstra de que forma se organizam socialmente em torno de seu(s) processo(s) de criação e como constroem as estruturas de proximidade que conformam sua vida associativa. Caracterizado como uma pesquisa interdisciplinar, este estudo realiza uma intersecção teórico-metodológica cujo marco referencial é a abordagem do Campo Social, associada ao uso do estudo dos ajuntamentos e das interações sociais. Realizada no município de Abaetetuba (Pará), coletou dados em trabalhos de campo mediante o uso das técnicas de entrevista não diretiva, entrevista diretiva e observação direta, com prévia pesquisa bibliográfica. Em seu decorrer, o estudo apresenta os processos identitários e criativos que caracterizam a vida associativa dos artesãos de miriti, a dinâmica da vida associativa no Campo de Relações no Artesanato de Miriti de Abaetetuba, e a descrição das ocasiões sociais compósitas que nele ocorrem. Finalmente, conclui que a vida associativa dos artesãos de miriti se desenvolve a partir de seus núcleos criativos familiares e conflui com uma série de significados e práticas para as ocasiões sociais em que se inserem, permitindo-lhes manter-se e reproduzirem-se no Campo de Relações ao reconhecerem mais suas próprias determinações do que as intervenções e imposições dos agentes responsáveis pelo controle mercadológico e pelas políticas públicas por reatualizarem e recontextualizarem práticas próprias de seu modo de vida e de seus saberes e fazeres