Perfil antropométrico, qualidade de vida e nível de atividade fisica de pessoas vivendo com HIV/AIDS em Altamira-PA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: MELO, Gileno Edu Lameira de lattes
Orientador(a): BICHARA, Cléa Nazaré Carneiro lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Doenças Tropicais
Departamento: Núcleo de Medicina Tropical
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9215
Resumo: Introdução: O vírus HIV e a aids já atingiram mais de 33 milhões de pessoas no mundo e 600.000 no Brasil, que foram alcançados em múltiplas dimensões sociais e de saúde com impacto no seu perfil epidemiológico quanto a heterossexualização, feminização, interiorização e pauperização deste agravo, além de sofrerem os efeitos orgânicos e metabólicos ocasionados pelo próprio vírus, a doença e a terapêutica especifica. Objetivo: Descrever o perfil antropométrico, da qualidade de vida e nível de atividade fisica de pessoas vivendo com HIV/aids em Altamira-PA. Metodologia: Estudo descritivo envolvendo pessoas vivendo com HIV/aids atendidas em Serviço de Assistência Especializada (SAE), que aceitaram participar da pesquisa de ambos os sexos, maiores de 20 anos, cujos dados sociodemográficos, clínicos, da contagem de linfócitos T CD4+ e carga viral foram obtidos de prontuários, e que responderam a questionário protocolar validado para avaliação da qualidade de vida WHOQOL HIV - Bref e o questionário Internacional de Atividade Física/IPAQ – versão curta; foi feita avaliação física individual para a coleta de medidas antropométricas como: peso, altura, Índice de Massa Corporal (IMC), circunferências e Relação Cintura-Quadril (RCQ). Os dados obtidos foram armazenados no Excel para processamento e análise estatística descritiva e inferencial. Resultados: a população foi composta de 29 mulheres (60,4%) e 19 (39,6%) homens, prevalecendo: faixa etária entre 40-49 anos (37,5%) e média de idade de 39,4 anos; baixa escolaridade (66,7%); e o grupo de solteiros, viúvos ou separados/divorciados (62,5%). Quanto ao nível de atividade física registrou-se que 64,6% da amostra são sedentárias, tendo 41,4% das mulheres com sobrepeso. Na distribuição das pessoas vivendo com HIV/aids houve diferença significativa (P=0,0013) na proporção do risco cardiovascular segundo o RCQ e sendo que mais de 70% estavam sob uso de terapia antirretroviral em média de 3,55 anos. Na avaliação da qualidade de vida de acordo com o WHOQOL HIV – Bref o escore que obteve a média mais positiva foi o domínio da Espiritualidade e o menor escore foi o domínio meio ambiente e observou-se ainda média significativamente menor (P=0,011) no domínio psicológico do grupo com T CD4+ (< 200). Não houve diferença significativa segundo a TARV. Conclusão: O SAE de Altamira-PA mostra a tendência epidemiológica mundial da pandemia HIV/aids quanto a feminização, pauperização e interiorização do agravo; O IMC pode refletir o comportamento mais comum nas mulheres com maior probabilidade de risco de doenças cardiovasculares. O IPAQ demonstrou que se tem uma população que a maior parte é sedentária, com indivíduos fisicamente inativos e com maior chance de sofrer com os efeitos da lipodistrofia, problemas metabólicos e alterações corporais pela ausência da atividade física e do exercício físico. De um modo geral, as observações mostraram-se semelhantes as da população geral o que pode ser reflexo da amostra reduzida de indivíduos avaliados. Há necessidade de estudos adicionais com ampliação amostral para melhor avaliação do nível de atividade física, qualidade de vida de PVHA, possibilitando propostas de intervenções especificas para pacientes que vivem com HIV/aids.