Sistemática molecular e implicações para a conservação de uma linhagem endêmica da Amazônia: o gênero Hylexetastes Sclater, 1889 (Aves: Dendrocolaptidae)
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
Museu Paraense Emílio Goeldi |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Zoologia
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Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9407 |
Resumo: | O gênero Hylexetastes é endêmico da floresta Amazônica. Atualmente, duas espécies são aceitas no gênero (H. perrotti e H. stresemannii), cada uma dividida em três subespécies. No entanto, alguns autores defendem que as subespécies de H. perrotti devem ser consideradas como espécies plenas. Em particular, H. p. brigidai é um táxon endêmico do Pará e Mato Grosso e parece ter a menor área de distribuição. Esta linhagem distribui-se pela região mais desmatada dentro do bioma e assim o seu status taxonômico é de particular preocupação para conservação. Até agora, somente caracteres morfológicos foram avaliados para definição taxonômica deste gênero. Portanto, neste estudo apresentamos uma hipótese filogenética molecular para ajudar a resolver as incertezas taxonômicas dentro do gênero. Foram sequenciados fragmentos de dois marcadores mitocondriais (Cytb e ND2) e três marcadores nucleares (BF5, G3PDH e MUSK) em 58 espécimes de Hylexetastes. Além disso, foram elaboradas modelagens de nicho ecológico para cada uma das linhagens identificadas, para avaliar sua potencial área de distribuição, requerimentos climáticos e sua a vulnerabilidade ao desmatamento. As análises filogenéticas sustentam a designação de H. perrotti, H. uniformis e H. brigidai como espécies plenas, sendo que H. perrotti parece ser espécie irmã de H. stresemanni e não dos demais táxons considerados co-específicos. Além disso, foi possível distinguir a presença de duas Unidades Evolutivas Significativas dentro de H. uniformis. Cada um destes táxons está distribuído em diferentes interflúvios / áreas de endemismo da bacia Amazônica. Em particular, confirma-se o status de espécie plena para H. brigidai, endêmica da segunda área de endemismo Amazônica com maior desmatamento. Assim, sugerimos a continuada avaliação aprofundada do seu status de conservação para promover sua preservação. |