Aplicação de dados SRTM (Shuttle Radar Topography Mission) no estado do controle neotectônico da rede de drenagem e microbacias hidrográficas, na região de Urucu e Adjacências (AM)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: PINTO, Marcelo Lima lattes
Orientador(a): BORGES, Maurício da Silva lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica
Departamento: Instituto de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11948
Resumo: Os estudos geológicos do Neógeno da Amazônia têm mostrado significativas evidências de processos tectônicos recentes, verificadas, sobretudo, a partir do controle estrutural dos vales e rios da região. Diante deste quadro, o objetivo desse estudo referiu-se à investigação neotectônica da região de Urucu e Adjacências (AM) por meio da análise estrutural dos sistemas de drenagens e relevo a partir de produtos digitais, a saber, imagens SRTM (Shuttle Radar Topography Mission). O entendimento da estruturação tectônica mais recente, da região de Urucu (AM), é fundamental na definição da geometria paisagística atual. Desta forma, esse estudo foi de importância fundamental para o reconhecimento de estruturas reativadas (NE-SW, NNE-SSW, NW-SE) e neoformadas (E-W e ENE-WSW), que certamente influenciam no controle paisagístico da drenagem e do relevo durante o Neógeno até o presente momento. A análise inicial dos alinhamentos de drenagem e relevo a partir das imagens SRTM permitiu a interpretação de dois grandes conjuntos de descontinuidades. O primeiro conjunto engloba as estruturas com orientação E-W e ENE-WSW, as quais se associam orientações NE-SW e NNESSW. O segundo conjunto reúne as estruturas posicionadas a NW-SE e NNW e SSE. O primeiro conjunto relaciona-se a estruturas com provável movimentação transcorrente, onde as orientações NE-SW representam “splays” que se dispõem de modo a compor estruturais sigmóidais semelhantes a duplexes direcionais. Os conjuntos estruturais orientados a NNE-SSW parecem representar um segundo pulso no contexto dessa movimentação direcional / transpressiva. O segundo conjunto é representado por descontinuidades NNW-SSE. Estas orientam a geometria e impõem assimetrias na rede de drenagem, as quais são compatíveis com a definição de “fronts” e reversos no relevo. A paisagem observada assemelha-se aquelas desenvolvidas em movimentações “dip-slip” normais. Um segundo pulso de movimentação com geometria de falha normal orientada a NW-SE limita as planícies aluviais e provoca a barragem natural do sistema hidrográfico, proporcionando deslocamentos dos canais fluviais. Este último pulso provavelmente ocorreu no Holoceno. Também, baseado em dados geofísicos do tipo Campo Total Reduzido do IGRF (International Geomagnetic Reference Field) pode-se observar que Os estudos geológicos do Neógeno da Amazônia têm mostrado significativas evidências de processos tectônicos recentes, verificadas, sobretudo, a partir do controle estrutural dos vales e rios da região. Diante deste quadro, o objetivo desse estudo referiu-se à investigação neotectônica da região de Urucu e Adjacências (AM) por meio da análise estrutural dos sistemas de drenagens e relevo a partir de produtos digitais, a saber, imagens SRTM (Shuttle Radar Topography Mission). O entendimento da estruturação tectônica mais recente, da região de Urucu (AM), é fundamental na definição da geometria paisagística atual. Desta forma, esse estudo foi de importância fundamental para o reconhecimento de estruturas reativadas (NE-SW, NNE-SSW, NW-SE) e neoformadas (E-W e ENE-WSW), que certamente influenciam no controle paisagístico da drenagem e do relevo durante o Neógeno até o presente momento. A análise inicial dos alinhamentos de drenagem e relevo a partir das imagens SRTM permitiu a interpretação de dois grandes conjuntos de descontinuidades. O primeiro conjunto engloba as estruturas com orientação E-W e ENE-WSW, as quais se associam orientações NE-SW e NNESSW. O segundo conjunto reúne as estruturas posicionadas a NW-SE e NNW e SSE. O primeiro conjunto relaciona-se a estruturas com provável movimentação transcorrente, onde as orientações NE-SW representam “splays” que se dispõem de modo a compor estruturais sigmóidais semelhantes a duplexes direcionais. Os conjuntos estruturais orientados a NNE-SSW parecem representar um segundo pulso no contexto dessa movimentação direcional / transpressiva. O segundo conjunto é representado por descontinuidades NNW-SSE. Estas orientam a geometria e impõem assimetrias na rede de drenagem, as quais são compatíveis com a definição de “fronts” e reversos no relevo. A paisagem observada assemelha-se aquelas desenvolvidas em movimentações “dip-slip” normais. Um segundo pulso de movimentação com geometria de falha normal orientada a NW-SE limita as planícies aluviais e provoca a barragem natural do sistema hidrográfico, proporcionando deslocamentos dos canais fluviais. Este último pulso provavelmente ocorreu no Holoceno. Também, baseado em dados geofísicos do tipo Campo Total Reduzido do IGRF (International Geomagnetic Reference Field) pode-se observar que existe uma forte correlação entre estruturas neotectônicas e as anomalias magnéticas, indicando que as estruturas neoformadas estão associadas à estruturas E-W e ENE-WSW e as estruturas de reativação das estruturas antigas apresentam-se com direções NE-SW, NNE-SSW, NW-SE.