Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
OLIVEIRA, Silvana Bandeira
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Orientador(a): |
FAIRCHILD, Thomas Massao
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Mestrado Profissional em Letras em Rede Nacional
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Departamento: |
Instituto de Letras e Comunicação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/8039
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Resumo: |
A presente pesquisa se originou da decisão de fazer da linguagem um instrumento capaz de mediar situações permeadas por atos de violência vividos no contexto de uma escola pública municipal da perifeira, na cidade de Belém/PA. Para fazer frente a isso, ocupamo-nos em criar oportunidades para tratar de assuntos que valorizassem o conhecimento dos alunos e que trabalhassem estratégias que se mostraram enfraquecidas nas relações mantidas no ambiente escolar. Desta forma, executamos aulas de Língua Portuguesa em quatro turmas do 6º ano do Ensino Fundamental, ao longo do ano letivo de 2014. Inicialmente, trabalhamos a produção de narrativas e de paródias sobre a temática do carnaval, para identificar as dificuldades apresentadas pelos alunos, bem como utilizar estratégias que promovessem o surgimento de posições subjetivas em seus discursos. Na sequência, desenvolvemos as atividades sobre enquetes, para as quais exploramos temas relacionados à vivência dos alunos a fim de obter informações acerca do universo estudantil para a promoção de outras ações pedagógicas. Em seguida, executamos as atividades sobre charges, a partir de um conteúdo que explorou temas que envolviam o espaço escolar, em que o conhecimento dos alunos esteve a serviço de uma produção criativa e subjetiva, como nas paródias. Posteriormente, trabalhamos a produção de textos descritivos que exploraram as brincadeiras populares do bairro, entre as quais, aquelas mais apreciadas pelos alunos em seu contexto extraescolar. Essas propostas promoveram a criação de espaços em que os alunos produziram discursos de forma às vezes mais subjetiva, a partir das contribuições de seus conhecimentos, assumindo, portanto, a palavra e responsabilizando-se por ela durante as aulas de Língua Portuguesa. A pesquisa encontrou nas contribuições de Soares (1995), Rodari (1982), Geraldi (1996, 1997, 1999), Antunes (2003), Riolfi (2008a, b) e Riolfi e Magalhães (2008) subsídios à construção do projeto de ensino. Esses estudos se direcionam para um fazer docente que favorece o processo de ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa por meio de um trabalho de revalorização da palavra do aluno no ambiente de sala de aula. Durante o desenvolvimento da ação, o diário de campo foi utilizado para registro e reflexão das observações do educador nas aulas, bem como a recolha e digitalização das tarefas dos alunos envolvidos no processo. Para esta discussão, quatro conjuntos de atividades foram selecionados para análise e algumas conclusões foram elencadas. Além disso, criamos quatro categorias de avaliação, a saber: 1) procura por uma escuta, 2) “ética” de escrita, 3) criação de “efeitos estéticos” com a linguagem, e 4 ) Incidência de reescrita. Os dois primeiros critérios indicaram maior interação entre professor e alunos, e produções discentes com sinais de uma busca da criatividade e da singularidade de seus discursos, a partir de escritas que apontam a tentativa da construção de um texto próprio. Identificamos também a dificuldade apresentada pelos alunos nos dois últimos critérios de avaliação, uma vez que muitos alunos não conseguiram desenvolver a linguagem de forma estética e exercer o processo de reelaboração da escrita nas atividades. Destacamos ainda, a existência de algumas dificuldades no processo de ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa, como, por exemplo, a falta de assiduidade na realização nas tarefas e a existência de oscilação nos resultados das tarefas do mesmo aluno. Acreditamos que essa pesquisa nos permitiu ter uma visão mais concreta dos resultados alcançados pelos alunos em seu processo de ensino-aprendizagem em Língua Portuguesa dentro do contexto vivenciado no espaço escolar em 2014. |