Utilização do eugenol como anestésico para o acará severo Heros severus (Heckel, 1840)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: DIAS, Bruno César Brito lattes
Orientador(a): COSTA, Rauquírio André Albuquerque Marinho da lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Universidade Federal Rural da Amazônia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal
Departamento: Campus Universitário de Castanhal
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/8412
Resumo: Foram realizados dois diferentes trabalhos, utilizando o eugenol como anestésico para o acará severo Heros severus. Ambos realizados no Laboratório de Peixes Ornamentais da Universidade Federal do Pará, Campus de Bragança. No primeiro trabalho, objetivou-se analisar a eficiência do eugenol como anestésico para duas classes de tamanho, alevinos e adultos do acará severo e verificar qual a dose mais eficiente no tempo de indução e recuperação à anestesia. Foram utilizados 120 indivíduos de H. severus, alevinos (n=60) e adultos (n=60). Os alevinos foram selecionados em tamanhos homogêneos e transferidos aleatoriamente para seis aquários de 60 L, da mesma forma os adultos para seis aquários de 200L, ambos em densidade de estocagem de 10 exemplares por aquário. Realizou-se os experimentos em um delineamento inteiramente casualizado com seis tratamentos, concentrações de eugenol (50; 75; 100; 125; 150 e 175 Mg L-1 ) e 10 repetições, sendo o peixe a unidade experimental. Com base nos resultados encontrados, recomenda-se para os alevinos a concentração de 50 mg L-1, para realização de manejos de curta e de longa duração. Para os adultos, recomenda-se a concentração de 50 mg L-1 para procedimentos de curta duração e 75 Mg L-1 para procedimentos de longa duração. Com o segundo trabalho objetivou-se avaliar as respostas fisiológicas de adultos de acará severo anestesiados com a concentração ideal do eugenol encontrada no experimento anterior. Para realização do ensaio foi utilizado um total de 60 adultos de acará severo. Os peixes foram dispostos de maneira individual em 60 aquários de 60L contendo 45L de água. Utilizou-se um delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 3 x 4, com cinco repetições, sendo o peixe a unidade experimental. Para verificar a ocorrência da influência do eugenol sobre os parâmetros fisiológicos e hematológicos do acará severo, coletou-se sangue dos peixes submetidos a três diferentes protocolos de procedimentos: anestesiado (peixes expostos a 75 mgL-1 de eugenol durante 133s); anestesia simulada (peixes submetidos a uma simulação do banho anestésico, também por 133 s, sem adição do anestésico); e controle (peixes mantidos no aquário sem manuseio e exposição ao anestésico). Para cada procedimento foram realizadas quatro amostragens de sangue em diferentes tempos: 0 (imediatamente após o procedimento), 6, 12 e 24h. A retirada da amostra sanguínea foi feita por punção do vaso caudal. Em seguida procedeu-se com a realização das seguintes analises: glicose, hematócrito (Ht), proteína total (Pt), hemoglobina (Hb), número de eritrócitos (Er), volume corpuscular médio (VCM), hemoglobina corpuscular média (HCM), concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM), triglicerídeos (TGR) e colesterol (COL). A exposição de adultos de acará severo a anestesia com eugenol na concentração ideal de 75 mgL-1 por 133 segundos, causou alterações nos valores das variáveis, glicose, Ht, Pt, Hb, Er, VCM, HCM, CHCM, COL e TRI. Os resultados obtidos com os dois trabalhos mostram que o eugenol foi eficiente em induzir alevinos e adultos de acará severo ao estágio de anestesia e a concentração considerada ideal para anestesia dos adultos foi suficiente para causar alterações nas variáveis analisadas, desencadeando respostas fisiológicas características do estresse.