Composição isotópica de carbono e oxigênio em ostracodes de depósitos Neógenos da Formação Solimões, estado do Amazonas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: SILVA, Melissa do Socorro Fonsêca da lattes
Orientador(a): RAMOS, Maria Inês Feijó lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica
Departamento: Instituto de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14691
Resumo: O Neógeno foi um período marcado por importantes eventos globais como subsidência, sazonalidade climática e mudanças no nível do mar. Na América do Sul, o soerguimento da Cordilheira Andina foi o principal evento afetando o sistema hidrográfico e, consequentemente, biótico e climático da Amazônia durante o Mioceno. O entendimento da história deposicional contribui para a compreensão de grande parte dessas alterações ambientais ocorridas no Mioceno. A questão existente sobre possíveis incursões marinhas nos depósitos miocênicos da Amazônia Ocidental, estabelece um cenário favorável para a utilização da análise isotópica em carapaças de ostracodes da Formação Solimões. Este trabalho é uma contribuição para as interpretações paleoambientais através de dados da razão isotópica de C e O em carapaças de ostracodes do Neógeno da Formação Solimões visando à correlação com áreas adjacentes. As amostras são provenientes de dois testemunhos de sondagem (1-AS-31-AM e 1-AS-34-AM) e de três afloramentos (Morada Nova, Aquidabã e Torre da Lua) localizados no sudoeste do estado do Amazonas. Dentre a ostracofauna encontrada foi possível observar que as espécies mais representativas para a realização deste estudo foram às pertencentes do gênero Cyprideis (Cyprideis pebasae e Cyprideis machadoi) haja vista sua ocorrência tanto nas amostras dos afloramentos quanto nas dos testemunhos, bem como o grau de preservação que as mesmas se encontravam. Em geral, as análises isotópicas revelaram uma distribuição com valores exclusivamente baixos para as razões de 13C/12C e 18O/16O. O menor empobrecimento de δ18O esteve na amostra TL03 do afloramento Torre da Lua e na profundidade de 138,20m do testemunho 1AS-31-AM, refletindo maior evaporação. Nos testemunhos estes intervalos de maior evaporação ocorreram mais para o topo onde foram encontrados os valores menos negativos. Entretanto as demais amostras dos afloramentos e testemunhos apresentaram maior empobrecimento onde o decréscimo nos valores de δ13C indicou possivelmente ambiente de clima úmido e uma redução na produtividade destas espécies ou decaimento da preservação da matéria orgânica e os valores de δ18O registraram menor evaporação.