Estudo sobre o crescimento do tambaqui (Colossoma macropomom) submetido à dieta suplementada com camu camu (Myrciaria dubia) em água corrente e aquecida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: CANTO, Miguel Angelo de Oliveira lattes
Orientador(a): DINIZ, Domingos Luiz Wanderley Picanço lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/13357
Resumo: Este estudo investigou o crescimento do tambaqui (Colossoma macropomum) (Cm), um teleósteo caracídeo endêmico da região amazônica, em laboratório. Peixes juvenis foram submetidos à simulação das condições naturais de alimentação, clima e água corrente, correspondentes aos períodos de cheia e seca do ciclo hidrológico Amazônico. Na cheia sua alimentação é predominante de frutos e sementes, o ambiente é ameno (28±2°C) e a correnteza é maior (0,2 a 0,3 m/s). Na seca, a alimentação é à base de proteína animal, não há correnteza e a média da temperatura se eleva (34±2°C). Por conseguinte, o alvo deste estudo foi investigar os efeitos da Myrciaria dubia (Md) no crescimento do Cm nas simulações de seca ou cheia, no que tange a temperatura amena (28º C) ou aquecida (34ºC), água parada ou corrente (0,2 ou 0,3m/s), e dieta com maior (45%) ou menor (32%) teor de proteína bruta (PB). Para tal, juvenis de Cm foram aclimatados (70 ou 126 dias) em tanques de (310 ou 1000 litros) de acordo com o protocolo experimental. Protocolo I: dieta com oferta diária fracionada (3x/dia) e suplementada com Md; proteína bruta a (45 ou 32%); água corrente (0,2 m/s) ou parada a 28 ou 34ºC; análise do conteúdo muscular de IGF-1 e lipídeos totais. protocolo II: oferta única ou fracionada (3x/dia); água parado ou corrente (0,3 m/s), intercalada, (12 horas) ou contínua; quantificação da massa de gordura cavitária. Os resultados estão apresentados em média mais ou menos erro padrão da média e comparada por ANOVA mais pós-teste Bonferrone. Teste de correlação para peso, comprimento ou gordura cavitária versus água corrente; nas condições de oferta única ou fracionada foi realizada para verificar inter-relações entre os fenômenos estudados. Uma potencialização da expansão da massa corporal mais não do comprimento ocorreu pela dieta Suplementada com Md na condição água parada e aquecida. Em contraste similar potencialização ocorreu para água corrente e aquecida na dieta 45% PB. Por sua vez menor performance de crescimento (peso e comprimento) foi observada no grupo submetido a dieta 32% PB. A água corrente igualmente potencializou o acumulo de gordura cavitária e muscular de lipídeos totais, sugerindo que o esforço natatório demanda acumulo de energia potencial possivelmente relacionado à preservação do anabolismo proteico, desde que não foi alterado o conteúdo de proteínas no tecido muscular. Por outro lado a oferta única diária de alimento não foi suficiente para manter a performance de crescimento resultante ao nado sustentado (água corrente). Já na oferta fracionada o grupo submetido a água corrente continua apresentou a melhor performance, sugerindo que o nado sustentado em água corrente pode ser um fator determinante para o crescimento do Cm se lhe for ofertada dieta com alto teor proteico, ao considerarmos o ambiente aquecido como o mais favorável. Finalmente, o conteúdo aumentado de IGF-1 no musculo confirma participação deste fator de crescimento como via final de regulação humoral da hipertrofia muscular. Hipertrofia esta resultante ao aumento do esforço natatório, e, surpreendentemente, em resposta a dieta suplementada por Md.