“Novo porvir”: literatura e cooperativismo em candunga e outros escritos de Bruno de Menezes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: FELIX, Renan Brigido Nascimento lattes
Orientador(a): NUNES, Francivaldo Alves lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História Social da Amazônia
Departamento: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/7216
Resumo: A presente dissertação busca compreender Literatura e Cooperativismo como dois aspectos fundamentais da experiência social do literato Bento Bruno de Menezes Costa (1893-1963). Nesse sentido, o engajamento no campo das letras nos serviu de ponto de partida para percepção de um sujeito social que fez da experiência constitutiva das suas obras, um grande espaço para refletir a condição do povo paraense. Não se tratava de um mero adorno aquilo que levava aos textos ficcionais e as reflexões cultuais, daí que a retratação que muitas de suas poesias dinamizavam, diziam respeito à confluência de um poeta que fez da vivência acumulada em suas andanças, presente nos termos de um sujeito que não ia simplesmente ao povo, mas de fato o era. Com isso, ao analisarmos a produção cooperativista de Bruno de Menezes, pesquisamos inúmeros textos esparsos, tanto pela sequência dos anos, na primeira metade do século XX, com ênfase a década de 1950, pelo desdobramento da atividade pública a frente do S.A.C. - Serviço de Assistência ao Cooperativismo, órgão criado pelo governo estadual paraense, o qual ocupou por dez anos, entre 1945 a 1955. Consideramos ainda, que a obra Candunga, publicada em 1954 constitui um importante espaço para divulgação da doutrina cooperativista, uma vez que uma reflexão ficcional foi concedida ao assunto. A criação da “Colonia Novo Porvir” ao final da narrativa demonstrava um horizonte distinto aos lavradores da Zona Bragantina, Nordeste do Estado do Pará, através da fomentação do associativismo agrícola entre os mesmos. Assim, ao trabalhar com a execução de projetos dessa matéria, acrescentava ingredientes de experiência política e percepções acerca da natureza, considerando importantes as mudanças históricas no espaço Amazônico. O grau de especialização que detinha sobre o assunto lhe facultou a multiplicação das ações cooperativistas, por conseguinte, a apresentação de resultados práticos a sociedade paraense.