Vida e trabalho: um estudo sobre mulheres extrativistas de mangaba na Ilha do Marajó, Estado do Pará
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agriculturas Amazônicas
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Departamento: |
Instituto Amazônico de Agriculturas Familiares
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/13269 |
Resumo: | O papel que as mulheres desenvolvem no extrativismo de mangaba, na região Norte do país é o tema a que se dedica este estudo. Neste sentido, o objetivo geral dessa dissertação é identificar e caracterizar o extrativismo da mangaba analisando o papel das mulheres na atividade. O estudo de caso foi realizado na localidade Vila Paca, situada na Ilha do Marajó – PA. A metodologia constou de abordagens qualitativas com os seguintes procedimentos metodológicos: observações, reunião e entrevistas (questionários e semi-estruturadas), junto às mulheres extrativistas de mangaba moradoras da Vila Paca e os membros de seus grupos domésticos, bem como com alguns atores de localidades adjacentes que praticam a atividade. Dois aspectos foram analisados: a) o papel que as mulheres extrativistas de mangaba, desenvolvem em seus grupos domésticos, b) a importância do extrativismo da mangaba no conjunto das demais atividades. Os principais resultados demonstram que: i) o extrativismo da mangaba é uma atividade sazonal praticada exclusivamente pelas mulheres, com a ajuda das crianças; ii) há pelo menos outras quatro localidades desenvolvendo o extrativismo da mangaba nesta região, e que há variações quanto as formas de gestão, acesso e manejo das mangabeiras; iii) não há nesta região programas de governo, assistência técnica, incentivos ou assessoria, voltados para o extrativismo de frutas nativas em suas distintas etapas (da coleta à comercialização); iv) a atividade, da forma que é exercida por este grupo de mulheres, garante a conservação dos recursos naturais ali presentes; v) a maior parte da cadeia produtiva da mangaba ocorre no espaço doméstico (beneficiamento e comercialização), o que favorece a condição de invisibilidade social destas mulheres no trabalho que exercem. As principais conclusões mostram que nesta região a atividade é “naturalizada” e nenhuma das etapas (coleta, beneficiamento e comercialização) realizadas pelas mulheres extrativistas recebe o status de trabalho, contudo isso não significa que a atividade não tenha importância aos olhos do grupo doméstico e demais atores, todavia é secundarizada quando se trata de trabalho considerado por eles produtivo. |