Práticas investigativas e webquest: construindo interfaces para o ensino sobre tratamento da informação para além do paradigma do exercício

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: ARAÚJO, Maria José Lopes de lattes
Orientador(a): MARTINS, France Fraiha lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Docência em Educação em Ciências e Matemáticas
Departamento: Instituto de Educação Matemática e Científica
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10522
Resumo: A investigação em foco aconteceu no âmbito da formação continuada de professores que ensinam Matemática nos anos iniciais do ensino fundamental no município de Marabá (PA). Esta pesquisa qualitativa (DESLAURIERS e KÉRISIT, 2008) na modalidade narrativa (CLANDININ e CONNELLY, 2011), se baseia nas experiências formativas de professores quando envolvidos em momentos que privilegiam a tríade Tratamento da Informação - Práticas investigativas - Tecnologias digitais para lidar com o ensino sobre as noções básicas de estatística. Busco responder à questão de pesquisa: Em que termos práticas investigativas utilizando Webquest contribuem para a formação docente no âmbito do ensino nos anos iniciais sobre Tratamento da Informação? Objetivo, na condição de professora, formadora e pesquisadora, investigar o ensino sobre Tratamento da Informação, utilizando Webquest, a fim de possibilitar reflexões e novas aprendizagens acerca desse componente curricular. Participaram dessa pesquisa 04 professores pedagogos, que foram selecionados previamente segundo os critérios: i) adesão à proposta de formação; ii) disponibilidade de participação dos encontros formativos; iii) ter participado de formação continuada em outros momentos e iv) já ter lecionado no 4º e/ou 5º ano do ensino fundamental. Os momentos formativos se articularam em duas etapas compostas por 3 encontros cada um. Foi elaborada uma Webquest composta por tarefas investigativas, conforme estabelece Ponte (2004) para lidar com o ensino sobre noções básicas de estatística na perspectiva de simetria invertida, em que os professores na condição de estudantes refletem sobre o ensino e as proposições advindas dele. Além da Webquest, foi elaborado um “Guia de Orientação Didática” para o Professor/Formador contendo orientações para o uso da Webquest, sugestões para pesquisas e consultas para maiores informações e ampliação das potencialidades dessa prática pedagógica. Assim, a Webquest e o guia se constituem como produtos oriundos da pesquisa desenvolvida. Rastreando novas compreensões do fenômeno educativo investigado, utilizei a Análise Textual Discursiva conforme preconizam Moraes e Galiazzi (2011). Do material empírico dei forma a dois eixos analíticos: i) Olhares docentes acerca do ensino sobre o tratamento da informação; ii) Práticas docentes em tratamento da informação. A análise revela que os professores atribuem os significados de que a) para ensinar é preciso conhecer o conteúdo matemático, b) o ensino da matemática se configura pela maneira como foi aprendido e pelas experiências de formação e docência, c) expressam ainda que o ensino sobre Tratamento da Informação deve ser assumido como um compromisso social, d) é possível propiciar aos discentes uma formação mais estatisticamente letrada. Além disso, os professores expressam que a experiência formativa possibilitou novas outras reflexões acerca do vivido, destacando a relevância das práticas investigativas na promoção de atitudes de interação e valorização dos sujeitos da aprendizagem no ambiente educativo. Outro aspecto apontado foi a importância do uso de situações cotidianas, pois elas potencializam as investigações e ampliam a visão interdisciplinar da educação estatística. O uso de tecnologias digitais, em momentos formativos, mobiliza e amplia os conhecimentos estatísticos. Há o reconhecimento de que é preciso formar-se continuadamente para ensinar, sobretudo para lidar com o Tratamento da Informação.