Vulnerabilidade socioambiental e análise de risco aos extremos de precipitação no estado do Pará.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: FERREIRA, Douglas Batista da Silva lattes
Outros Autores: https://orcid.org/0000-0002-8868-7235
Orientador(a): SOUZA, Everaldo Barreiros de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Museu Paraense Emílio Goeldi
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
Departamento: Instituto de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15858
Resumo: No contexto das temáticas científicas relacionadas as mudanças climáticas globais e regionais, os eventos climáticos extremos merecem destaque por representarem ameaças naturais à sociedade e aos ecossistemas. No Brasil, tais eventos associam-se primordialmente a escassez ou ao excesso de chuva, que exercem impactos diretos nos diversos setores da sociedade, sendo que as consequências tendem a ser mais graves nos locais com maior vulnerabilidade. Neste trabalho, apresenta-se uma abordagem interdisciplinar acerca da vulnerabilidade socioambiental (abrangendo as dimensões de suscetibilidade, capacidade de adaptação e de resposta) no estado do Pará, combinada com o fator exposição dos extremos climáticos (representados pelos eventos extremos associados a déficits e excesso de precipitação), visando ao final estabelecer um diagnóstico integrado do risco socioambiental/climático. A escala de análise é municipal e a metodologia objetiva baseada em indicadores de diferentes naturezas foram aplicados nos 143 municípios do estado do Pará. Deste modo, o risco socioambiental/climático (RISC) foi calculado em função do índice de extremos climáticos (EXTCLI) e do índice de vulnerabilidade socioambiental (VSA), todos classificados em três categorias (baixo, médio e alto). Os resultados em termos da base municipal foram espacializados ao longo do estado e evidenciaram que as maiores frequências de EXTCLI localizam-se na porção nordeste (mesorregiões do Baixo Amazonas e Marajó). Os indicadores políticos relacionados a capacidade de resposta e capacidade adaptativa demonstraram um desempenho insatisfatório (categoria baixa), demostrando ineficiência em legislação, ações e medidas de proteção a população mais vulnerável do ponto de vista imediato e de longo prazo. Na análise de risco, destacam-se nove municípios com RISC na categoria alto (a maioria localizado na ilha de Marajó), nos quais evidenciaram-se grau máximo tanto em termos de exposição, quanto em relação a vulnerabilidade para os municípios paraenses. Diante dos achados deste estudo, a abordagem da análise de RISC permitiu um diagnóstico integrado em escala municipal que é apropriada para auxiliar no planejamento de médio/longo prazo das ações de adaptação e mitigação frente as mudanças climáticas particularmente no estado do Pará.