Dançaeira : O Corpo Feminino Afro-amazônico nas Malandragens e Vadiagens da Capoeira para a decolonização em Dança Contemporânea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: SILVA, Andreza Barroso da. lattes
Orientador(a): SANTA BRÍGIDA JÚNIOR, Miguel de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Artes
Departamento: Instituto de Ciências da Arte
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/16256
Resumo: Os caminhos e trajetos artístico-culturais ao longo do trânsito Icoaraci-Belém e Belém-Icoaraci, proporcionaram ao corpo feminino afro-amazônico, imerso nas relações com a dança e com a capoeira, a construção da práxis epistemológica Dançaeira. Nestes caminhos, foram acionadas memórias a partir da infância nos quintais, ruas, escolas, experiências artístico culturais com a dança e com a capoeira, seguindo uma trajetória de menina-mulher-mãe educadora-professora-pesquisadora, revelando-se então, a “ancestralidade viva” que se presentifica a partir das mulheres ancestrais que habitam em mim. Convoco três manas que empunham o berimbau, junto a mim, e decolonizam o poder em dança na Amazônia com suas poéticas de “RE-existências”. Apresento possibilidades de caminhos teórico-metodológicos decoloniais em dança contemporânea, seguindo um fluxo autoetnográfico, de Fortin, sustentado pelo NOS-NÓS em que os “nós atados” com o mundo ao redor, com os fazeres, saberes e poderes se realizam sob a perspectiva da malandragem. Cantigas de capoeira, poesias e poesias-cantigas autorais, imagens de fotos e prints de vídeos de imersões durante a pesquisa, desenhos autorais emanam reflexões do processo e, a presença marcante do berimbau, que impele a voz do corpo feminino com seus sons e toques, endossam o percurso metodológico da pesquisa. O interjogo dos diálogos dançaeirantes acolheu contribuições de Freire, a Práxis pedagógica; Santos e Menezes, as Epistemologias do Sul e; Costa, Torres e Grosfoguel, Decolonialidade, que consubstanciam a metodologia não hierarquizada, que revela simbolismos e significados dos sete elementos da Dançaeira para despertá-la em vós, a partir da Amazônia para o mundo.