Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
NASCIMENTO, Paulyane Silva do
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Orientador(a): |
SILVA, Simone Souza da Costa e
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento
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Departamento: |
Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11316
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Resumo: |
O presente trabalho investigou características pessoais, ambientais e comportamentais que podem permitir ou dificultar/impedir a interação social de crianças com TEA com seus pares, assim como analisou os benefícios do contexto de educação musical como promotor desta interação. Para organizar as formas de emissão destes comportamentos elaborou-se o “Protocolo de observação de comportamentos de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) com seus pares”. Participaram deste estudo duas crianças, do sexo masculino, com TEA, que cursavam o Jardim I em escolas privadas distintas, na cidade de Belém/PA. As crianças tinham idades de seis e cinco anos, respectivamente, e estavam regularmente matriculadas em turmas de percussão de uma Escola de Música da cidade de Belém/PA. Foram analisadas 3 sessões no ambiente de escola regular (durante o recreio), com duração de 20 min. cada; e 8 sessões no contexto de educação musical (aulas de percussão), 30 minutos cada. Os resultados mostraram que os comportamentos entre as crianças ASD com seus pares ocorreram em ambos os contextos, porém atingindo maior frequência no contexto livre (escola regular/recreio). Quanto aos benefícios da educação musical, O participante 1 (6 anos), cujo perfil era marcado pela aceitação de contato físico, aproximação e a busca pelo outro, obteve o aumento de comportamentos de iniciativas funcionais e a diminuição de respostas não funcionais. Verificou-se ainda, a ocorrência de iniciativas funcionais por meio de estereotipias, indicando que esta peculiaridade do transtorno pôde auxiliar a criança na aproximação e interação com os pares. Já no participante 2 (5 anos), com perfil marcado pela disponibilidade para contato, expressão emocional adequada ao contexto, e reciprocidade social (embora ocasional), pôde-se observar a grande influência do adulto no manejo comportamental da criança. Esta influência mostrou-se positiva (ao diminuir a emissão de comportamentos não funcionais) e negativa (ao prestar assistência demasiada, desconsiderando as potencialidades da criança e dificultando sua interação com os pares). Conclui-se que dada a baixa frequência de tais comportamentos, não se pode afirmar que as alterações verificadas são relacionadas exclusivamente à configuração deste ambiente, mas tão somente à contiguidade das possibilidades representadas pelo perfil da criança e a abertura que cada contexto permitiu para a expressão e estímulo destas potencialidades, assim como para a oferta de ferramentas que possibilitaram a apreensão ou reforçar de comportamentos propícios à interação social. |