A Geografia da Criminalidade no Campus: a multiterritorialidade do crime na cidade universitária Professor José da Silveira Netto (UFPA)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: BARROS, Alexandre Patrício Silva lattes
Orientador(a): CHAGAS, Clay Anderson Nunes lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geografia
Departamento: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/15068
Resumo: O objetivo da pesquisa se dedica em analisar e compreender quais os múltiplos territórios e territorialidades da criminalidade, observando as seguintes atividades ilícitas: comércio de substâncias ilícitas (tráfico e consumo de drogas); furto; e roubo. Tais crimes serviram como base para responder como a criminalidade se espacializa e se relaciona com o cotidiano da cidade universitária Prof. José da Silveira Netto. Neste sentido, a pesquisa se baseia na coleta de informações do sistema de segurança aplicado na área de estudo, bem como seu histórico de ocorrências, considerando como “objeto empírico” o próprio espaço universitário, com base no método do materialismo histórico-dialético geográfico que considera toda uma conjuntura histórico-material de produção do espaço, que possibilita identificar características do contexto geográfico onde a criminalidade está inserida no campus, destacando a viabilidade da hipótese estruturadora do “objeto analítico”, dos múltiplos territórios do crime. Assim, os delitos que ocorrem dentro do campus são em sua grande maioria voltados aos crimes patrimoniais – de furto e roubo – sendo, entre eles, os de furto que representam 84%, e os de roubo e tráfico de drogas que se diluem nos outros 16% restantes, sendo 13% e 3%, respectivamente. Por fim, ainda que de forma tímida, vale levantar algumas medidas que poderiam ajudar no problema da criminalidade, não só na cidade universitária da UFPA, mas dentro do cenário dos campi espalhados pelo Brasil que sofrem com as mesmas dificuldades. Assim, políticas de segurança efetivas deveriam ser encabeçadas buscando: i) aproximar e atrair as comunidades vizinhas no intuito de estimular a convivência no âmbito universitário, possibilitando a ocupação dos espaços comuns das instituições de ensino superior com ações sociais que absorva de forma mais ampla todos aqueles que frequentemente estão nesses lugares, seja desenvolvendo suas atividades acadêmicas ou buscando desempenhar outras práticas espaciais; ii) criar alternativas de segurança comunitária para que as autoridades consigam dialogar com a sociedade civil; iii) e, por último, o desenvolvimento de projetos colaborativos de cidadania entre universidades e os órgãos de segurança e defesa social para atuarem nas comunidades vizinhas como mediadores de conflitos, pois melhorando os índices de violência e criminalidade no entorno, automaticamente esses resultados serão refletidos para dentro dos campi.