Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
BATISTA, Gabriela de Andrade
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Orientador(a): |
FACUNDES, Sidney da Silva
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras
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Departamento: |
Instituto de Letras e Comunicação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/16690
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Resumo: |
Domínios semânticos como polissemia e homonímia não dão conta de explicar satisfatoriamente determinados comportamentos do verbo txa da língua Apurinã (Aruák), falada por comunidades indígenas que vivem ao longo dos afluentes do Rio Purus no sudeste do estado do Amazonas. Por isso, o processo de gramaticalização torna-se a melhor forma de analisar e descrever a forma em que este verbo se manifesta na língua, em contextos diferentes, com significados distintos e comportamentos sintáticos díspares, mas que, no entanto, apresentam a mesma forma. Acerca do verbo txa Facundes (2000), constatou em sua gramática da língua que este pode funcionar como verbo pleno, pró-verbo, cópula e verbo auxiliar. A hipótese de que esta forma verbal tenha passado ou esteja passando por um processo de gramaticalização advém do pressuposto de que há certa relação semântica entre as diferentes ocorrências do verbo, mas com diferentes comportamentos morfossintáticos associados. Mediante isso, considera-se que na língua está em progresso esse fenômeno de gramaticalização (HEINE, 2001), em que certas formas verbais “fonte” dão origem a significados “alvo”, os últimos mais abstratos, como resultado de um processo de desbotamento semântico. Para a realização desta pesquisa, foi selecionado um corpus composto por 32 textos que fazem parte do banco de dados da língua Apurinã, mais alguns dados coletados com falantes nativos da língua, em um levantamento sistemático das diferentes ocorrências desses verbos, para então analisa-los e descrevê-los, a fim de observar o comportamento do verbo na respectiva língua, com a intenção de verificar a direção das mudanças linguísticas ocorridas, para uma visão mais ampla sobre o fenômeno que ocorre em Apurinã, mais em específico na forma verbal txa. |